Cientistas britânicos estão trabalhando na tentativa de preservar o aramaico, idioma falado por Jesus e amarrado ao hebraico e ao árabe. Nesse esforço, o professor de linguística da Universidade de Cambridge, Geoffrey Khan, começou uma cruzada para registrar a língua antiga antes que ela finalmente desapareça.
Khan decidiu gravar o idioma depois de falar com um judeu de Erbil, no norte do Iraque.
– Explodiu completamente a minha mente – disse Khan ao Smithsonian.com, ao enfatizar o quanto o conhecimento sobre o idioma o impactou.
– Descobrir uma língua viva, através dos lábios de uma pessoa viva, foi incrivelmente emocionante – acrescentou o professor.
Ao registrar alguns dos falantes nativos de aramaico que ainda restam, o linguista espera preservar a língua de 3.000 anos de idade, que está à beira da extinção. Falantes do idioma podem ser encontrados em diferentes partes do mundo, da América ao Iraque.
Nos últimos 20 anos o professor Khan publicou vários livros importantes sobre os dialetos anteriormente indocumentados de Barwar, Qaraqosh, Erbil, Sulemaniyya e Halabja, todas as áreas no Iraque, bem como Urmi e Sanandaj, no Irã. Ele também está trabalhando em um banco de dados baseado na web com texto e áudio, que permite gravações palavra por palavra e comparações entre dezenas de dialetos do aramaico.
O aramaico, que pertence à família de línguas semitas é conhecido por seu uso em grandes partes dos livros bíblicos de Daniel e Esdras. É também a língua principal do texto-chave do judaísmo rabínico, o Talmud. Peças dos antigos pergaminhos do Mar Morto também foram escritos em aramaico
A linguagem foi usado em Israel a partir de 539 aC a 70 dC. De acordo com os linguistas era provavelmente a língua falada por Jesus.
Por Dan Martins, para o Gospel+