É comum que as igrejas tenham convenções, cujo objetivo é representar e organizar as ações, regras de fé e conduta das denominações. Exemplos disso é a Convenção Batista Brasileira e a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Contudo, o pastor José Gonçalves fez um importante alerta a esse respeito.
Teólogo e escritor reconhecido no meio pentecostal, o pastor Gonçalves lembrou que as convenções não podem ser confundidas com as igrejas, em si, uma vez que elas são apenas órgãos representativos, e não eclesiásticos.
“Deve ficar bem claro, mesmo com sua importância e valor que possui para a organização da igreja, Convenção NÃO É Igreja! Mesmo as Convenções que se rotulam ser constituídas de ‘pastores e igrejas’, mesmo assim não são igrejas”, afirma o líder assembleiano.
O alerta de Gonçalves não é por acaso. Isso, porque, segundo o pastor, algumas convenções, mesmo tendo boas intenções, estariam usurpando a função das igrejas, e desse modo prejudicando a atuação ministerial que cabe apenas ao poder eclesiástico.
“Tenho conhecimento que no contexto das Assembleias de Deus há Convenções, que não somente estão criando e ditando agendas para as Igrejas locais, literalmente sufocando-as, como também estão se apropriando de um ritual que historicamente sempre pertenceu as igrejas – a administração de suas ordenanças, a Ceia e o Batismo”, diz o pastor.
Cada um no seu lugar
O alerta de José Gonçalves foi publicado por ele nas redes sociais. O comentarista das revistas Lições Bíblicas da Casa Publicadora das Assembleias de Deus explicou que, como órgão representativo, uma Convenção não pode realizar ritos como a Santa Ceia ou batismo.
“É isso o que uma leitura da Bíblia nos mostra e os manuais de teologia sistemática”, pontua, ressaltando que essas práticas chegaram a ser autorizadas pela Assembleia de Deus, mas depois foram revogadas.
“Acredito que por causa desse entendimento teológico sobre o verdadeiro propósito da Ceia, a liderança assembleiana fez uma significativa mudança na realização desse importante rito cristão em sua Assembleia Geral Ordinária (AGO)”, escreve o pastor.
“A Ceia passou a contar com a participação da Igreja local e não apenas limitada ao conclave. Assim a Ceia passou a ser uma CEIA realizada pela igreja local durante o evento da Convenção”, conclui, segundo o JM Notícia.