Uma mãe cristã chinesa decidiu se levantar contra a opressão do regime comunista do seu país, após o filho pastor ser preso sob falsa acusação de “comércio ilegal”. Acusações falsas contra dissidentes políticos são comuns em governos autoritários, como é o caso da China.
No caso do pastor Wan Changchun, preso em abril desse ano, ele foi alvo da acusação de “operação comercial ilegal” e “fraude”. Sua mãe, porém, Li Xiuying uma cristã há 38 anos, discorda da prisão.
“Changchun foi chamado pelo Senhor quando tinha 18 anos. Ele serviu a Deus enquanto estudava. Naquela época, a igreja não fornecia apoio, então Changchun vendeu grãos de soja para ganhar dinheiro”, disse ela ao defender o filho.
Segundo informações da organização China Aid, a cristã usou uma rede social para protestar contra regime comunista chinês. “Ele está servindo ao Senhor há 25 anos, e mesmo enfrentando dificuldades, nunca desistiu”, desabafou a senhora.
A família é membro da Igreja Reformada Living Stone, situada em Bengbu, na província de Anhui. Segundo Li, a devoção da família serviu como testemunho para que outras vidas viessem ao conhecimento de Jesus Cristo.
Não por acaso, o regime comunista tem a família como uma possível ameaça às ideologias do governo. “Desde que me tornei crente, minha vida foi iluminada e nossa família encontrou esperança”, disse ela, lembrando também da conversão do seu marido. “Desde então, nossa família está cheia de alegria em Cristo”.
“Aqueles que vêm à nossa casa para reuniões o fazem voluntariamente, tudo por causa de nossa fé em servir ao Senhor”, ressaltou.
Protesto
Para dona Li, seria melhor que ela tivesse sido presa no lugar do filho. Tudo o que ela pode fazer, agora, é usar o seu conhecimento para protestar e orar por sua vida.
“Só posso orar e pedir a Deus que conforte o coração dos meus filhos. Se possível, eu desistiria da minha própria vida para poupá-los, mas sei que no fundo não é possível. Só posso olhar para o Senhor”, concluiu.