Um ataque de foice, feito por um extremista muçulmano, quase tirou a vida de uma cristã copta no Egito. Como foi socorrida por um primo, ela sobreviveu após receber atendimento médico.
O caso foi registrado em junho último, quando Mona Wafdi Marzouk foi à fazenda de sua família para ajudar seu pai, que enfrentava problemas de saúde. Enquanto ela caminhava pela propriedade, sozinha, foi atacada por um muçulmano.
A entidade International Christian Concern (ICC) recebeu o relato do caso e repercutiu o incidente com um relatório publicado na última quinta-feira, 07 de julho. Mona foi atacada de surpresa pelo muçulmano, que tentou estrangula-la, e em seguida, usou uma foice para desferir golpes contra seu pescoço.
Os ataques só não foram mortais porque a foice estava cega, e os golpes não foram capazes de atingir suas artérias. Vendo que não conseguiria decapitar a mulher cristã, o extremista muçulmano tentou serrar seu pescoço, mas fugiu quando viu que um dos primos da vítima corria em sua direção.
Mona ficou caída, sangrando, enquanto o agressor fugia. O primo que viu à distância o ataque a socorreu imediatamente, e a família a levou a um hospital onde recebeu os cuidados necessários.
No dia 15 de junho, missionários na região relataram à ICC que a mulher, embora tenha sobrevivido ao ataque, agora “vive em estado de terror e pânico após a dura experiência dessa pessoa extremista”.
A ICC enfatizou que “embora os motivos do agressor não tenham sido identificados concretamente, o radical muçulmano provavelmente alvejou Mona por causa de sua fé cristã”.
“No dia anterior a este ataque, ele havia assaltado a casa de outro cristão copta local. A mídia egípcia retratou o perpetrador como doente mental, mas ataques não provocados contra cristãos em geral estão se tornando cada vez mais comuns, traindo a corrente de sentimento anticristão que provavelmente está por trás desse e de outros incidentes violentos”, denunciou a entidade que monitora casos de violência motivados por perseguição religiosa.
Um dos exemplos da crescente hostilidade a cristãos no Egito é o brutal assassinato do padre Arsanius Wadid em abril. O episódio é visto como “uma tendência preocupante”:
“Embora o assassino do padre Wadid tenha recebido recentemente uma sentença de morte no tribunal por seu crime, o advogado do assassino pôde ser ouvido no tribunal dizendo ao seu cliente: ‘Você tem todo o direito, Nehru; que Alá te dê a vitória, Nehru; não tenha medo Nehru, vamos derrubar essa decisão’. Apesar de o perpetrador ter sido levado à justiça, suas ações ecoam o sentimento que muitos outros no país sentem contra os cristãos”, finalizou a ICC.
O Egito ocupa o 20° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, produzida pela entidade Missão Portas Abertas, que elenca os 5o países mais hostis aos cristãos.