A intrepidez de uma cristã, que tentou pregar o Evangelho ao presidente chinês, Xi Jinping, resultou em repressão do governo comunista, que determinou sua prisão.
A mulher, identificada como Zhou Jinxia, tentou por diversas vezes pregar o Evangelho ao presidente e a primeira-dama, Pena Liyuan. Ela usava cartazes com mensagens que pediam a Xi Jinping que acreditasse em Jesus como Salvador.
No dia 20 de fevereiro, a Polícia de Pequim a deteve em Zhongnanhai, onde fica a sede do Partido Comunista Chinês (PCCh), e também o Conselho de Estado da China. As autoridades a enviaram de volta à sua província, Liaoning, onde ela foi presa.
Ao chegar a sua província de origem, a Polícia de sua cidade, Dalian, foi informada do caso e no dia 21 de fevereiro a levou para a detenção local, onde ela foi indiciada por “provocar brigas e causar problemas” e depois acusada criminalmente.
A entidade International Christian Concern (ICC) obteve relatos da China Aid que, nos últimos anos, Zhou tentou compartilhar as boas novas com o presidente chinês por mais de 50 vezes.
Em março de 2015 ela foi detida por dez dias por suas atividades de evangelismo. Um ano depois, março de 2016, ela foi detida pela mesma acusação, situação que voltou a se repetir em março de 2018.
A persistência da evangelista em tentar pregar a Xi Jinping nos meses de março se dá pela realização de sessões do Congresso Nacional do Povo e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, chamadas de “lianghui” (“duas sessões”), onde milhares de delegados de todo o país participam.
Essas “duas sessões” são tratadas como vitrines teatrais para os políticos do Partido Comunista, que discutem passos em direção à visão da liderança do país para o futuro. O governo chinês geralmente intensifica sua repressão contra a sociedade civil para garantir que tudo corra bem e sem incidentes.
A partir de outubro de 2020, Zhou passou a residir na vila Xiaobailou, no distrito de Fengtai, em Pequim. Ela compartilha ativamente o Evangelho e está envolvida em sua igreja.
A ICC informou que “em 27 de junho de 2021, ela foi expulsa por líderes locais e policiais, enquanto suas comodidades da vida cotidiana foram confiscadas”, e acrescentou ainda que por ser “alguém cuja casa foi demolida à força pelo governo, Zhou não é alguém que desconheça a injustiça que reina na China”.