A dádiva da vida é um bem a ser preservado e respeitado até o fim. Com esse princípio, a cristã canadense Christine Nagel, 81 anos, decidiu tatuar no ombro uma mensagem clara e objetiva: “Don’t euthanize me” (“não me submetam à eutanásia”, em tradução livre).
A eutanásia é uma prática adotada em alguns países do mundo, quando um paciente decide desistir do tratamento e pede à Justiça o direito de pôr fim à vida com ajuda de médicos. Recentemente, o tema esteve em discussão no Brasil por causa da atleta paraolímpica belga Marieke Vervoort, 37 anos, que anunciou que faria a eutanásia devido à doença degenerativa com que sofre.
A prática foi recentemente legalizada no Canadá, de acordo com informações do Christian Today, e a idosa resolveu tomar uma medida prática para garantir que ninguém coloque fim à sua vida antes do tempo.
Ela afirmou que criou seus filhos, netos e até bisnetos aconselhando-os a não fazerem tatuagem, mas resolveu quebrar a regra por um motivo que considera justo. Para ela, a legalização da eutanásia é uma demonstração de que as pessoas estão “brincando de ser Deus e tomando decisões sobre suas próprias vidas e mortes”.
Como a população do Canadá vem envelhecendo rapidamente, é possível que a prática recém-legalizada se torne comum. A ideia de que a vida de alguém chegue ao fim “sem dor e sem a necessidade de sofrimento” pode ser tentadora, como no caso da para atleta belga.
“Dentro de alguns anos, os idosos serão mais numerosos que o restante da população”, observa Christine, reconhecendo que esse envelhecimento da população será custoso para a sociedade.
Todavia, seus princípios estão acima do raciocínio pautado pelas finanças: “Obviamente, nada disto é aceitável para nós, cristãos. Olhamos para Cristo na cruz, despojado de suas vestes, contorcendo-se em agonia, e coberto de sangue – dificilmente uma imagem digna do filho de Deus”, comentou.
Por isso, decidiu que o final de sua vida deve estar nas mãos de Deus: “Portanto, para entender essa mensagem de forma clara, leia meu ombro. É drástico, mas isto diz bem claramente que ‘Eu vou viver até quando Deus quiser, até que Ele esteja pronto para me receber no céu’”, concluiu.