Autoridades chinesas acreditaram que haviam conseguido impedir a existência de uma igreja cristã, considerada “clandestina” no país, após ordenar o fechamento do seu templo. Todavia, os membros da congregação decidiram mostrar que algo muito maior do que a simples reunião de pessoas sustenta seus encontros: a fé em Jesus Cristo!
O episódio ocorreu em Chengdu, cidade localizada no Sudoeste da China e que assim como em todo o território controlado pelo Partido Comunista Chinês, proíbe o funcionamento de igrejas “não registradas” pelo Governo.
“Às pessoas levaram o evangelho às ruas e iniciaram os cultos nos parques, enquanto as autoridades ficavam perplexas sem saber o que fazer”, disse Christopher Gregory, da organização China Missions. Ele compartilhou um vídeo onde é possível observar que os cristãos cantam louvores, erguem suas Bíblias e exaltam o nome de Cristo.
Para o evangelista, esse foi um momento inédito no país, onde os cristãos expressaram sua fé abertamente, desafiando a proibição imposta pelas autoridades. “Pela primeira vez, pessoas em toda a China estão dizendo ‘NÃO’ ao que o Partido Comunista quer: controle”, disse ele.
“Querem controlar o que elas podem fazer, no que podem crer, onde podem ir e o que podem dizer. Este é mais um sinal de que algo está começando a se formar aqui na China, um chamado para a democracia. Um apelo à liberdade!”, acrescenta.
Religião controlada
Na China, qualquer igreja que deseja funcionar sendo considerada “legal” precisa se registrar no Movimento Patriótico dos Três Autos. Esta é a única organização evangélica que possui autorização para atuar, e mesmo assim só podem realizar trabalhos em edifícios controlados pelo Governo.
Qualquer congregação fora desse padrão é automaticamente considerada “clandestina”, sendo essa a realidade de milhares de igrejas na China, que no dia-a-dia se reúnem nas casas e em galpões escondidos do controle governamental.
O Partido Comunista da China enxerga o crescimento do cristianismo como uma ameaça ao país, visto que o Evangelho prega, também, a liberdade individual e valores morais contrários à ideologia comunista, que por natureza é anti-Deus.
“O governo está tentando silenciar tudo que esteja relacionado ao cristianismo por causa do crescimento do número de cristãos. A China está enfrentando uma resistência interna e as autoridades veem esse crescimento [da igreja] como um sinal de que estão perdendo o controle sobre a sociedade”, explicou Gregory, segundo o Christian News