A pesquisa Ibope sobre intenção de voto para a presidência divulgada na última segunda-feira, 18 de setembro, mostrou que uma parcela significativa do público evangélico irá votar em Jair Bolsonaro (PSL).
O levantamento – que causou rebuliço por mostrar um crescimento meteórico nas intenções de voto no candidato do PT, Fernando Haddad – ouviu 2.506 eleitores entre o sábado, 16 de setembro, e a segunda-feira.
O instituto de pesquisa divulgou o recorte do levantamento por sexo, idade, renda, escolaridade e religião, mostrando que entre evangélicos e católicos – a maioria da população – o candidato conservador possui ampla vantagem sobre seus concorrentes. Até no cenário em que apenas as respostas das mulheres são analisadas, Bolsonaro possui pequena vantagem.
Entre evangélicos, Bolsonaro cresceu em comparação ao levantamento anterior, subindo acima da margem de erro: passou de 33% para 36%; o atual vice-líder, Haddad, também cresceu exponencialmente nesse segmento depois que foi apresentado como sucessor de Lula na campanha, passando de 6% das intenções de voto para 15%.
Ciro Gomes (PDT) passou de 7% na intenção de voto dos evangélicos para 9%; Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) caíram de 10% para 7%; o senador Alvaro Dias (PODE) manteve os 2% das últimas pesquisas, assim como João Amoêdo (Novo); Henrique Meirelles (MDB) manteve seus 3%; e, por fim, Cabo Daciolo (Patriota), sustentou 1%.
Entre os católicos, o cenário mostra Jair Bolsonaro numericamente à frente de Fernando Haddad: o candidato do PSL oscilou positivamente de 24% para 25%, enquanto o petista subiu de 9% para 21%. Entre os demais postulantes, Ciro Gomes soma 13%; Alckmin, 8%; Marina, 5%; Alvaro Dias, Amoêdo e Meirelles, 2% cada um; Daciolo, 0%.
Homens x Mulheres
O recorte da pesquisa no público masculino em geral mostrou um cenário bastante favorável a Bolsonaro. O Ibope apontou que o capitão do Exército tem o dobro das intenções de voto de seu concorrente mais próximo, Haddad: 36% a 18%.
Já entre as mulheres, existe um empate técnico dentro da margem de erro”: Bolsonaro tem 20%, contra 19% de Haddad. O empate se dá pela possibilidade de que o cenário real possa ser de até 22% para o primeiro, como também 21% para o segundo, embora essa margem se aplique também no cenário inverso, com Bolsonaro podendo ter 22% contra 17% de Haddad.
Confira infográficos do portal G1 com os recortes por religião e sexo: