Um grupo de pelo menos sete terroristas do grupo Al-Shabaab abordou um ônibus de viajantes, no Quênia, obrigando os passageiros a recitarem a declaração de fé islâmica. Dois cristãos que estavam no veículo se recusaram e foram covardemente assassinados.
O episódio ocorreu no último dia 14 e as informações são da organização International Christian Concern (ICC), que declarou estar acompanhando os familiares das vítimas.
“O ICC está acompanhando as famílias desses dois mártires. O intenso ódio e a violência desse grupo causaram dor maciça a muitas famílias e amigos de cristãos como esses dois”, comunicou a entidade, que também monitora os índices de perseguição religiosa na região.
O ônibus estava indo em direção à Garissa quando foi atacado, um método de abordagem já bastante conhecido pelos locais. O ICC cobra mais ações das autoridades para inibir a ação dos terroristas islâmicos na região.
“Os governos do Quênia e da Somália devem continuar trabalhando para acabar com as terríveis atrocidades cometidas por essa organização maligna e proteger as vidas dos cristãos no Quênia”, diz o órgão.
Os passageiros que recitaram a Shahada, que significa “ele testemunha”, foram libertos posteriormente. A recitação da declaração é considerada um sinal de conversão ao islamismo. Nela está escrito que o muçulmano reconhece Alá como único Deus e Maomé como o seu profeta.
Equipes de segurança estão procurando os terroristas nas imediações do ataque, segundo Mohamed Birik, coordenador da ação no Nordeste do Quênia.
“É lamentável que tenhamos perdido duas vidas inocentes de quenianos. Quero assegurar que daqui para frente, tal incidente não volte a acontecer”, disse ele, segundo informações do Christian Post.
O grupo Al-Shabaab é um dos mais violentos da África, lado ao Boko Haram. Ambos são de natureza radical islâmica e responsáveis pelo ataque, sequestro, tortura e morte de cristãos e outras minorias religiosas em todo o continente.