Na cultura oriental, a concepção de harmonização entre a mente e o corpo é algo marcante no dia-a-dia das pessoas, que, não por acaso, praticam atividades como a yoga, um tipo de tradição religiosa que no mundo ocidental é mais conhecida como exercícios corporais e de meditação.
Enquanto no Oriente asiático a yoga é como uma devoção religiosa, sendo os exercícios corporais uma forma de possibilitar a elevação espiritual através da mente-corpo, no Ocidente a prática é encarada pela maioria apenas como um exercício físico e/ou meditação, o que traz muitas dúvidas aos cristãos.
Pensando nisso, o pastor John Piper resolveu se aprofundar melhor no assunto para responder a seguinte questão: cristãos podem praticar yoga?
“A yoga tem suas raízes em cosmovisões orientais e essas raízes são profundamente antagônicas no entendimento cristão de Deus e da maneira que ele opera no mundo”, responde Piper em seu programa de rádio Desiring Goog.
“Yoga vem da língua sânscrita que significa fusão ou união, e o objetivo final dessa filosofia é alcançar um equilíbrio entre a mente e o corpo, é alcançar um tipo de iluminação através do mantra e de determinados tipos de exercícios físicos e posturas meditativas, e que, para isso, o yoga faz uso da respiração, da postura, do relaxamento e da meditação, buscando alcançar uma vida equilibrada, saudável e alegre”, explica o pastor.
Visão cristã
Na concepção do cristianismo, por outro lado, não é possível alcançar elevação espiritual e “equilíbrio energético” através do yoga, pois tais conceitos derivam de uma concepção mística do universo, também chamada de TAO, o qual não acredita em um Deus pessoal.
A verdadeira felicidade, alegria e “despertar da consciência” está em conhecer a Jesus Cristo e estabelecer um relacionamento verdadeiro com Ele. Neste sentido, a ideia de que é possível alcançar níveis elevados de espiritualidade por méritos próprios é completamente contrária ao que ensina a Bíblia, já que apenas Cristo pode oferecer isso.
“Enquanto meditamos devemos nos tornar, progressivamente, semelhantes a Cristo, ao contemplarmos a glória dele, na palavra e no Evangelho, através de obras práticas que nos levam a ajudar outras pessoas, a uma vida de transformação para piedade e para a vida eterna em que Deus é a nossa alegria para sempre”, explica Piper.
O pastor então conclui dizendo que “isso é o cristianismo, o que é totalmente diferente do tipo de cosmovisão que está por trás das práticas meditativas físicas, emocionais e intelectuais que fazem parte do yoga”.