A perseguição religiosa aos cristãos faz com que muitas igrejas precisem se adaptar às circunstâncias vivenciadas em suas regiões, a fim de que seus membros possam continuar exercendo a fé em Jesus Cristo com um mínimo de liberdade. Em alguns casos, eles apelam à floresta.
No Laos, país situado no Sudeste Asiático, os cristãos seguem a risca essa necessidade de adaptação, já que o cristianismo é visto na região como uma religião estrangeira associada ao colonialismo, gerando reações de intolerância contra os seguidores de Jesus.
Uma fotografia que viralizou nas redes sociais, por exemplo, mostra um grupo de cristãos reunidos no meio de uma floresta, em uma reunião de oração. Eles tiveram essa iniciativa para não chamar atenção dos populares onde moram.
“Dois meses atrás, esses crentes foram ameaçados [quando] outros membros de sua aldeia disseram que os expulsariam da comunidade por causa de sua fé”, informou a organização a Portas Abertas.
“Então eles não podem mais se reunir para orar dentro de sua aldeia. Mas, em vez de desistir, eles estão encontrando outras maneiras de se encontrar o mais secretamente possível”, destaca a entidade.
Uma das maiores dificuldades no contexto de perseguição aos cristãos no Laos se deve à participação da própria população. Quem não é cristão geralmente auxilia o governo local na “caça” aos seguidores de Cristo, os quais podem ser punidos por causa da fé.
“O governo usa toda a máquina administrativa até os anciãos das aldeias para evitar que as pessoas se tornem cristãs ou punam quem ousar”, disseram informantes locais. Apesar disso, pequenas igrejas domiciliares existem no Laos, resistindo à intolerância.
Entretanto, segundo a Voz dos Mártires dos Estados Unidos, a “grande maioria deles não tem um pastor líder treinado. No entanto, na maioria das aldeias, os edifícios da igreja não são permitidos. Se os líderes da aldeia perceberem que uma igreja doméstica está crescendo, eles tentarão impedir”.
Seguir a Cristo no Laos, portanto, possui um custo, mas os fiéis não se dão por abatidos. Pelo contrário, eles se tornam exemplos de perseverança para os demais, segundo a Portas Abertas.
“Os cristãos geralmente não recebem tratamento médico, educação e outros serviços sociais. Frequentemente ocorrem prisões de crentes, resultando em detenções que duram em média até uma semana”, diz a organização.