No mundo inteiro, a pandemia do novo coronavírus tem produzido restrições de várias espécies, desde o acesso a serviços básicos de compra de produtos, como da livre circulação e realização de cultos cristãos. Entretanto, quando a questão envolve muçulmanos, parece que a realidade é um pouco diferente.
No dia 04 de outubro, por exemplo, muçulmanos fizeram uma marcha pelas ruas de Nova York, nos Estados Unidos. O que chamou atenção foi o fato de não terem sido acusados de ameaçar a ordem pública de não aglomeração em decorrência da pandemia.
Cristãos e judeus que se reúnem para cultura a Deus, ainda que ao ar livre, são acusados de tal ameaça, o que sugere haver uma clara discriminação religiosa em favor da liberdade muçulmana, mas não da cristã e judaica.
Daniel Greenfild, do The Jewish Voice, observou que a marcha muçulmana foi “uma das várias reuniões de massa xiitas em Nova York e Nova Jersey”, lembrando que não houve da parte do poder público qualquer advertência em relação aos riscos envolvidos na aglomeração.
“O governador Cuomo e o prefeito Bill de Blasio não culparam os muçulmanos pela disseminação do vírus ou declararam uma repressão que fecharia mesquitas”, destacou Greenfild.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, é um crítico do presidente Donald Trump, inclusive do brasileiro Jair Bolsonaro. Considerado um representante da esquerda americana, ele parece ter tratado a marcha dos muçulmanos como um direito, enquanto os cultos cristãos em sua cidade continuam sofrendo duras restrições.
Quando reuniões entre judeus ocorreram na cidade, a grande imprensa noticiou o fato como um risco iminente, inclusive atribuindo ao grupo a suposta responsabilidade pelo aumento do coronavírus.
“A mídia alegou ampla e erroneamente que os surtos estavam ocorrendo apenas em códigos postais com grandes comunidades judaicas ortodoxas. Isso era falso, especialmente quando se tratava do Queens”, observou Greenfield, segundo o Gospel Prime.