A nove dias do fim de seu mandato como prefeito do Rio de Janeiro, o bispo Marcelo Crivella (Republicanos) foi preso pela Polícia Civil a mando do Tribunal de Justiça do estado, por suspeita de comandar uma organização criminosa que estaria desviando recursos públicos.
A ação conjunta da Polícia Civil e Ministério Público pedindo a prisão de Crivella foi aceita pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que não apenas determinou sua prisão, como também o afastou do mandato, que está prestes a chegar ao fim, no dia 31 de dezembro.
A desembargadora Rosa Helena afirmou, no despacho, que Crivella chefiava uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura e acrescentou que sua permanência no cargo implicaria em riscos à ordem pública.
“Os crimes foram cometidos de modo permanente ao longo de quatro anos de mandato”, descreveu a desembargadora na decisão, acrescentando que o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus “autorizava a prática de tais crimes e deles se locupletava”.
De acordo com informações do portal G1, o bispo Marcelo Crivella classificou sua prisão como “perseguição política” e que espera que seja feita a justiça no caso: “Lutei contra o pedágio ilegal, tirei recursos do carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse o prefeito afastado.
O Republicanos, partido a que Marcelo Crivella é filiado, publicou nota oficial afirmando que aguarda detalhes e os desdobramentos da prisão do prefeito, destacando que a legenda ”acredita na idoneidade de Crivella e vê com grande preocupação a judicialização da política”.
Crivella, que é ex-senador, disputou a reeleição para a prefeitura do Rio, mas foi derrotado nas urnas por Eduardo Paes (DEM).