Brasil e Estados Unidos firmaram uma aliança que vai promover, em parceria com Hungria, Uganda, Indonésia e Egito, um novo posicionamento na defesa da vida, da saúde feminina, da soberania dos países e o fortalecimento da família. A Declaração Consensual de Genebra segue princípios opostos aos parâmetros do progressismo ao redor do mundo.
A aliança vinha sendo costurada há meses, e na última quinta-feira, 22 de outubro, o tema foi consolidado em uma reunião por videoconferência, sendo batizada de Declaração Consensual de Genebra.
O governo brasileiro informa que a aliança é fruto da iniciativa dos ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e das Relações Exteriores, que contam com dois conservadores à frente: Damares Alves e Ernesto Araújo.
Da parte dos Estados Unidos, o representante é Mike Pompeo, secretário de Estado, que é visto como o principal elo de tratados concretizados pelo governo norte-americano. O diálogo foi iniciado a partir de reuniões durante encontros promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Investir na família é medida indispensável para o desenvolvimento sustentável e para a erradicação da pobreza. O fortalecimento de vínculos é um meio sólido de contribuir para a saúde física e mental dos membros da família. Nesse sentido, o Brasil reitera o seu compromisso com a proteção integral e a promoção da saúde de todas as mulheres e meninas”, afirmou a ministra Damares Alves.
A secretária Nacional da Família –ligada ao MMFDH – Angela Gandra, protagonista na articulação dessa aliança, declarou que um dos focos será trabalhar na estruturação de medidas que abranjam a saúde completa da mulher, o que inclui enfoque adequado à maternidade: “A gente quer uma saúde completa e do mais alto padrão à mulher, e sem incluir o aborto. O aborto é comprovadamente algo que faz mal para a mulher psicologicamente. Não é saúde abortar”, disse.
“O governo brasileiro tem prazer em compor a Declaração Consensual de Genebra. Esse é um momento histórico. Estamos reafirmando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que nos une na defesa dos direitos humanos e seus direitos constitutivos. Juntos, somos mais fortes!”, acrescentou Gandra.
“No Brasil, acreditamos que toda mulher merece uma vida saudável. A Declaração Consensual de Genebra é um guia para políticas públicas endereçadas a mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade”, afirmou Cristiane Britto, secretária nacional de políticas para mulheres.
Por fim, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, lembrou que todo o esforço está embasado na Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Em seu 16º artigo, está escrito que a família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem o direito à proteção dessa e do Estado. Reafirmamos também nosso dever de proteger a vida humana desde a sua concepção e rejeitamos categoricamente o aborto como método de planejamento familiar”.
“Nos reunimos aqui em defesa da saúde da mulher, do fortalecimento da família e da proteção da vida. O Brasil está comprometido a trabalhar junto com os demais países signatários nesta declaração, no âmbito das Nações Unidas e em outros fóruns internacionais, pela promoção das mais altas aspirações que comungamos. Acreditamos que é para isso que existem os organismos internacionais e as Nações Unidas, para que nações soberanas possam discutir e defender os seus valores de maneira aberta, franca e transparente”, finalizou Araújo.