O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, comentou sobre um dos pontos mais sensíveis para a comunidade cristã, especialmente a de tradição evangélica, que é o ensino domiciliar.
A fala do mandatário se deu na última quarta (28), quando segundo a Gazeta do Povo ele tratou do “homeschooling” após ser questionado sobre uma proposta que tramita no Congresso Nacional, oriunda do até então presidente Jair Messias Bolsonaro.
“O MEC tinha acabado. O que tinha lá era homeschooling. Isso é uma proposta racista que foi inventada nos Estados Unidos porque [diziam] ‘olha, se tem negro na escola, meu filho não vai à escola, vai estudar em casa’. Como é que pode isso”, alegou o vice-presidente.
O ensino domiciliar, contudo, tem sido visto como uma pauta alternativa ao que muitos pais e mães cristãos classificam como “doutrinação” ideológica nas salas de aula. Dessa forma, estes entendem que poder oferecer aos filhos, no ambiente familiar, um tipo de conhecimento focado na objetividade do saber, seve ser o grande foco da educação.
“Ao contrário da cultura e da mídia – às quais tempos a opção de aderir ou não, ou pelo menos reduzir consideravelmente o tempo de exposição a elas enquanto instrumentos de manipulação para fins políticos/ideológicos – a educação institucionalizada nos é imposta. Os pais são obrigados a mandarem seus filhos para a escola cada vez mais cedo”, opinou Verônica Rodrigues, professora cristã influente nas redes sociais.
A questão da “doutrinação”, portanto, é o cerne da questão quando pais e mães cristãos cogitam o ensino domiciliar como uma alternativa para seus próprios filhos. Isto é, não tem nada a ver com questões raciais, mas com princípios e valores.
“No que depender do Estado, [as crianças ficarão sob seus cuidados] cada vez por mais tempo. Além de já existirem escolas em tempo integral, querem torná-las regra! Mais tempo na escola significa menos tempo com a família. Mais tempo exposto à cosmovisão do Estado e menos tempo de imersão na cosmovisão familiar”, conclui a docente.