A conquista do título da Copa Libertadores, alcançada nessa quarta feira pelo Atlético Mineiro, foi marcada por demonstrações de fé e orações. Durante a partida da final, as transmissões feitas pela TV mostraram torcedores do time fazendo orações ou segurando símbolos religiosos no estádio, atitudes que foram repetidas também dentro de campo.
Em momentos importantes do jogo, como antes das cobranças de pênalti, os atletas se reuniram para realizar orações, o que aconteceu também ao final da partida, antes de levantarem a taça de campeões da competição.
Antes mesmo da partida, o jogador Bernard, mostrou publicamente sua fé. Evangélico, o jogador exibiu uma tatuagem com temas religiosos no braço esquerdo e explicou que é movido por sua crença.
– É uma passagem bíblica que eu queria fazer há um tempo, uma frase romana e a estrela de Davi. E fiz não por causa do momento, é a fé que tenho que é muito grande – afirmou Bernard, que é um dos destaques do Atlético.
Depois do jogo Bernard, que é cotado por times europeus, reafirmou sua fé e confiança em Deus, afirmando que sua saída ou não do clube mineiro é uma decisão que cabe a Deus, e não a ele.
– O que vai acontecer comigo amanha só cabe a Deus decidir agora. Meu desejo é de ficar. Não tenho nem o que falar desta torcida, desta cidade, e se eu pudesse eu ficaria aqui pelo resto da vida – afirmou.
Entre os evangélicos, além de Bernard, o clube tem Pierre, Júnior César, Bernard, Richarlyson, Alecsandro, Leonardo Silva, Rafael Marques, Neto Berola, Lee, Guilherme e Diego Tardelli.
Demonstrações de fé foram constantes também por parte do técnico Cuca. Conhecido por sua devoção a Nossa Senhora e rituais supersticiosos à beira do campo, o técnico do clube mineiro não esconde sua devoção e durante a fase final da competição passou a vestir durante os jogos uma camisa com uma imagem da santa católica, além de uma medalha que fica guardada no bolso, e um terço, que é segurado por ele nos momentos de maior aperto nos jogos.
– Foi a fé que nos levou à final – afirmou o treinador, que pode ser visto ajoelhado no gramado durante as cobranças de pênaltis da final e da semifinal.
De acordo com o Superesportes, o goleiro Victor também é católico fervoroso e, quando sobram uns minutos, vai ao Santuário da Mãe Rainha, em Lagoa Santa. O camisa 1 atleticano, que ganhou da torcida o apelido de “São Victor” por causa de suas defesas, também não esconde sua fé, e fez muitas orações de joelhos ao alcançar feitos importantes. Segundo Victor, a fé o ajudou a defender os pênaltis que levaram o clube ao título.
– Eu estava preparado para pegar um pênalti. Debaixo do gol, vi uma coisa brilhando. Quando olhei, era um terço de Nossa Senhora, atirado por um torcedor – relatou o jogador, sobre a defesa do chute de Maxi Rodríguez na disputa de pênaltis contra o Newell’s Old Boys, que valeu a vaga na final.
O time de católicos do clube mineiro é completado ainda por Marcos Rocha, Réver, Leandro Donizete, Ronaldinho Gaúcho, Jô, Giovani, Gilberto Silva, Jemerson, Rosinei, Josué, Lucas Cândido e Leleu.
A fé marcou o título do Atlético também fora do gramado. Dadá Maravilha, um dos grandes ídolos da história do Atlético, também relacionou a boa fase do time mineiro à fé. Antes mesmo da partida final, o ex-jogador foi categórico ao dizer o porquê acreditava na conquista do título.
– Deus é brasileiro, mineiro e atleticano – afirmou Dadá, em entrevista ao Band Esporte.
Por Dan Martins, para o Gospel+