O deputado estadual pastor Isidório Filho (Avante) apresentou um projeto de lei para entregar a “proteção e comando supremo espiritual do estado da Bahia à Santíssima Trindade”.
O político, filho do deputado federal Sargento Isidório, pretende aprovar o PL 23.227/2019, publicado no Diário Oficial Assembleia Legislativa da Bahia do dia 16 de abril, para quebrar maldições.
No texto do projeto, Isidório Filho afirma que sua iniciativa “anula pactos” firmados com “forças maléficas” e “anjos das trevas” por pessoas não especificadas. Ele entende que tais alianças poderiam prejudicar o povo “nas águas, matas, desertos, rochas e lugares ocultos”.
Eleito como João Isidório, o filho do Sargento Isidório afirma ainda que o projeto é um ato de fé que pede “a Deus proteção e bênçãos para o estado”: “Nossa nação tem passado por problemas que às vezes não estão mais na mão dos homens. Estamos entregando nosso estado à Santíssima Trindade para que Deus nos abençoe e a gente consiga sair da crise, no estado e nacionalmente”, comentou.
Segundo o deputado, seu projeto de lei não fere a laicidade do Estado prevista pela Constituição Federal: “Eu não estou desrespeitando nenhuma religião, a não ser que alguma diga que quer amaldiçoar o estado. Isso aí a gente vai repreender o tempo. É um pacto que busca as bênçãos de Deus sobre o nosso estado, que anule as maldições independente de onde elas tenham sido feitas”, diz o pastor.
Na justificativa do projeto, Isidório Filho indica a relação do projeto com o decreto do prefeito de Guanambi, Jairo Magalhães, que entregou as chaves do município a Deus, em ato simbólico no dia 2 de janeiro de 2017, enfatizando que o decreto “apenas ratificou uma verdade universal e bíblica”.
Isidório Filho tem 27 anos, e foi o candidato da Assembleia Legislativa da Bahia mais votado nas eleições 2018. Seu pai, o pastor Sargento Isidório (AVANTE), foi o mais votado no estado para a Câmara dos Deputados.
Em Brasília, Sargento Isidório apresentou o primeiro projeto da Casa Legislativa em 2019, que propõe transformar a Bíblia em “Patrimônio Nacional, Cultural e Imaterial do Brasil e da Humanidade”.