Os parlamentares que integram a bancada evangélica fizeram um protesto ontem, quarta-feira, 10 de junho, contra os gestos considerados agressivos dos militantes LGBT durante a Parada Gay no último domingo, 07 de junho.
Com cartazes e faixas que mostravam as cenas de sexo explícito e ultraje aos símbolos cristãos, os deputados interromperam uma sessão da Câmara que discutia pontos da reforma política, aos gritos de “respeito” e “família”.
Ao final, deram as mãos em torno da tribuna e da mesa diretora e oraram o Pai Nosso, com um grito de “viva Jesus Cristo” ao final. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também integra a bancada evangélica, participou do protesto, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.
Assim que a oração foi concluída, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) fez um discurso contra a discriminação da religião e a profanação dos símbolos de fé. De acordo com o parlamentar, os manifestantes pró-LGBT estão “fazendo o que ninguém imaginava, que é unir todas as religiões”, só que contra eles.
Rosso apresentou, na última segunda-feira, um projeto de lei que torna o ultraje a culto em crime hediondo, como resposta à manifestação da Parada Gay. A proposta altera as penas previstas no Código Penal, que atualmente são de um mês a um ano de prisão, mais pagamento de multa, para quatro a oito anos de prisão, mais multa.
Outros deputados da bancada evangélica também discursaram contra a Parada Gay, e causaram incômodo em alguns parlamentares. Dentre eles, Roberto Freire (PPS-SP): “Eu respeitei a manifestação, mas não pode ter nenhuma reza neste plenário. Tem que se respeitar o plenário. Vamos respeitar a República laica brasileira”, afirmou, sendo vaiado em seguida.