O sofrimento é algo pelo qual ninguém quer atravessar, o que é perfeitamente natural e esperado. Mas, quando isso é inevitável, qual deve ser a postura do cristão? Para o ex-patinador olímpico Scott Hamilton, que há anos vive com um tumor na cabeça, a resposta envolve confiança, esperança e fidelidade.
“Estamos aqui por sua graça e misericórdia. Nossos corpos são frágeis, mas resistentes. Temporários. Portanto, vivemos nossos dias com alegria. Vivemos nossos dias com esperança. Vivemos nossos dias com fidelidade!”, diz ele em seu testemunho.
Scott luta contra o câncer há cerca de 20 anos! A primeira vez que um tumor foi descoberto em seu corpo, foi no testículo, em 1997. Após o tratamento com radioterapia e quimioterapia, ele se livrou da doença, mas ela retornou em 2006, dessa vez em seu cérebro.
“Esse tumor cerebral continua voltando – Craniofaringioma – com o qual eu nasci. Mas essa jornada tem sido milagrosa”, disse ele à CBN News, explicando que ouviu diversas coisas dos médicos.
“Quando eles me diagnosticaram, me deram todas as diferentes maneiras pelas quais eu poderia lidar com esse tumor, por meio de ações, oração e exercícios”, continuou. Tratado, Scott se livrou novamente do câncer, mas a doença retornou pela terceira vez em 2016, ainda no cérebro.
Decisão de fé
Com o terceiro diagnóstico de câncer no cérebro, Scott disse que os médicos lhe ofereceram uma cirurgia que poderia ter sucesso, mas seria complicada. Ele, porém, resolveu tomar uma decisão de fé, recordando de tudo pelo que já havia passado.
“Tudo o que senti foi: não se preocupe com isso. Basta ir para casa e ficar forte”, disse ele ao lembrar da sensação que teve na conversa com os médicos. “Eles disseram: ‘Bem, o que você quer fazer?’ E eu disse: ‘Acho que vou para casa e ficar forte’”.
Nos meses seguintes, o tamanho do tumor diminuiu por várias vezes. “Voltei ao exame três meses depois e eles disseram: [o tumor] não cresceu. Volto três meses depois e eles dizem: encolheu 45%. Eu disse ao meu cirurgião: ‘Você pode explicar isso?’. E ele disse: ‘Deus’. Voltei e ele encolheu 25% novamente”.
Durante a pandemia, Scott disse que o câncer voltou a crescer. Ele, porém, lembra que resolveu continuar firme em seu propósito de fé. “Em meu espírito, percebi que estou totalmente em paz por nem mesmo olhar para isso de novo, a menos que fique sintomático”, explica.
Para o ex-patinador, lidar com o sofrimento, portanto, é uma questão de aprendizado e experiências únicas com Deus. Não é algo que escolhemos, mas que precisamos aprender a enxergar com os olhos espirituais, já que nada escapa ao controle do Criador.
“Deus está mais presente em nossas vidas em nosso sofrimento mais profundo”, conclui.