A Convenção da Assembleia de Deus Madureira no Distrito Federal recebeu a visita do presidente Jair Bolsonaro, que comentou o cenário da sociedade brasileira nesse momento e a perspectiva de retomada plena das atividades após a pandemia do novo coronavírus.
O presidente se queixou das limitações impostas pelo Poder Judiciário às ações do governo federal, mas afirmou que não poderia se omitir e, dessa forma, agiu dentro do que estava ao seu alcance para minimizar os impactos sanitários e econômicos da pandemia.
“A paz do Senhor Jesus”, cumprimentou Bolsonaro, que foi recebido pelo principal líder do Ministério de Madureira, bispo Manoel Ferreira. “Temos um povo maravilhoso, em sua maioria, temente a Deus. Passamos por uma grande provação, ou melhor, estamos no final dela”, disse Bolsonaro sobre a pandemia.
“Na parte econômica, o Brasil foi o que melhor se saiu. Quis o destino também que na área de saúde, aos poucos, ao se deixar de politizar a única alternativa que nós tínhamos, começou-se a salvar mais vidas”, acrescentou, referindo-se ao coquetel de tratamento precoce que tem a hidroxicloroquina entre os remédios.
Bolsonaro expressou gratidão a Deus pela coragem que teve para enfrentar “quase tudo, quase o mundo todo” ao se posicionar: “Tem uma passagem militar que vale para todos nós: pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão”, disse. “Os senhores, que têm pessoas que acreditam nos senhores, tomam decisões reservadamente. Eu tive que tomar decisões, mesmo sendo tolhido pelo Poder Judiciário”, explicou, apontando que agiu da forma que acreditava ser a correta, conforme informações do Estado de Minas.
“Se naquele momento, naquela época, até mesmo a chacota se fez presente, hoje graças a Deus estamos vendo que estávamos no caminho certo. Se Deus quiser voltaremos à normalidade ainda no corrente ano, porque o meu trabalho […] como chefe de Estado, é produzir o bem-estar e a felicidade para os seus”, disse o presidente, reiterando seu otimismo diante da aguda crise que se abateu sobre o país.
Peço sempre, mais que sabedoria, fé e coragem para tomar decisões. Não é fácil. […] Passamos por momentos difíceis. A verdade prevalece. A Justiça dos homens nem sempre é feita. Mas estamos aqui, para mais que tomar decisões, estar ao lado do povo, como estive no início da pandemia. […] Sempre me criticaram que eu devia ficar em casa. Não pode, prezado Manoel Ferreira, num momento difícil, que sua igreja pode atravessar um dia, ou que meu País pode atravessar um dia, eu me esconder num palácio. Eu sou igual a vocês: ou estou na frente e junto, ou não estou fazendo bom papel”, disse o presidente, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, criticando a postura de seus opositores.
O discurso de Bolsonaro, que durou aproximadamente oito minutos, teve ainda referência à importância da preservação da família, “a base da sociedade”: “Aqui, nesse recinto, se prega diuturnamente a importância da família para todos nós. A família quase deixou de existir, a poucos anos. O Brasil foi tomado pelo ‘politicamente correto’, onde tudo se podia, desde que não se criticasse aqueles que queriam destruir a família”, relembrou.