Manifestantes da agenda LGBT fizeram um protesto em frente à sede da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), na manhã do último domingo, 20 de setembro, contra as declarações recentes dos pastores André e Ana Paula Valadão.
Declarações dos irmãos sobre o contexto LGBT foram alvo de críticas da militância, que ficou insatisfeita com os posicionamentos e passou a trata-los como homofóbicos. O grupo de militantes no protesto de ontem era pequeno, com pouco mais de vinte pessoas.
André Valadão afirmou que as igrejas não são “clubes gays” e, por isso, não vão deixar de pregar que a prática da homossexualidade é pecado. Já Ana Paula afirmou que há maior incidência de HIV entre homossexuais, uma doença que pode ser letal e seria, assim, sinônimo de morte como recompensa pelo pecado.
Conforme informações do portal mineiro O Tempo, o líder do grupo de manifestantes é Thiago Santos, integrante da União da Juventude Socialista (UJS). Ele afirmou que quer que a sexualidade seja um tema mais presente entre os assuntos debatidos nas igrejas evangélicas.
“Nós achamos que a informação é algo importante. Também há gays e lésbicas dentro da igreja, e acreditamos que a fala dos líderes têm muito poder de influenciar nos fiéis […] O nosso principal objetivo era tocar em dois aspectos muito específicos: a Ana Paula, devido à questão do HIV como uma doença específica de homossexuais, algo que a própria OMS já contesta. E o Valadão, que fez uma fala homofóbica e inconstitucional, já que proibir qualquer pessoa de entrar em uma instituição religiosa por questão de identidade de gênero é ilegal”, disse.
Uma representante da Igreja Batista da Lagoinha, identificada como pastora Márcia, foi ao encontro dos manifestantes para dialogar e afirmou que a congregação e seus líderes amam a todas as pessoas e que as críticas feitas aos irmãos Valadão estão afetando a todos da família.