A liberdade religiosa é um dos valores mais caros à sociedade ocidental, mas circunstâncias recentes indicam que esse princípio pode não ser tão sólido e duradouro como os cristãos que vivem nos países democráticos deste hemisfério se acostumaram a considera-lo.
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes publicou artigo enfatizando que é preciso lembrar que a Bíblia traz alertas sobre o preço de seguir a Cristo: “Fomos avisados pelo Senhor Jesus de que seríamos odiados e perseguidos pelo mundo (Mt 24.9; Mc 13.13). Não resta dúvida quanto a esse aspecto. Diversas vezes nosso Mestre nos alertou quanto ao ódio do mundo para com Ele e para conosco (Jo 15.18-19)”.
“A história da Igreja até o presente está cheia de registros de perseguições, prisões e morte em regimes totalitários de cristãos que se recusaram a negar a fé, a deixar de se reunir ou que ousaram pregar publicamente a palavra de Deus”, contextualizou o reverendo, no texto publicado no site do movimento Coalizão Pelo Evangelho.
Augustus Nicodemus pontua que “pela misericórdia de Deus, alívio tem sido dado aos cristãos em determinados países e em determinadas épocas”, como é o caso dos fieis brasileiros, por exemplo. “Nos países democráticos, por exemplo, os cristãos vêm desfrutando de liberdade de religião e de expressão já há séculos, pelo que deveríamos ser gratos a Deus”, acrescentou.
O alerta, no entanto, são para os “sinais preocupantes” que vêm sendo registrados: “Temos notícias de que o partido comunista chinês intensificou sua perseguição implacável contra os cristãos na China, ameaçando retirar benefícios sociais das famílias que se recusam a abandonar a fé cristã”, ilustrou.
“Nos Estados Unidos, o prefeito de Nova York ameaçou fechar igrejas e sinagogas (os evangélicos reagiram com declarações e protestos, por enquanto). Percebemos no nosso próprio país uma indisposição em alguns estados em permitir que as igrejas voltem a se reunir plenamente, mesmo quando o comércio, shoppings, e outras instituições já foram liberadas”, elencou, citando casos em que a pandemia de covid-19 foi usada como pretexto para cercear aspectos da liberdade religiosa, como o direito à reunião.
Para Augustus Nicodemus Lopes, é preciso “ter cautela para não projetarmos nossos medos nos eventos e enxergarmos aquilo que não existe”, mas ao mesmo tempo, “considerando os avisos de Cristo e a história da igreja, tanto antiga quanto moderna, devemos nos preparar para dias difíceis à frente”.
“Assistimos no mundo inteiro acontecimentos que apontam para o declínio da civilização ocidental, a qual teve seu fundamento na influência do Cristianismo após a Reforma Protestante. Talvez a nossa geração assistirá a uma das maiores mudanças culturais da história. Mas, não temamos. Nosso Senhor Jesus Cristo já nos avisou dessas coisas. Ele prometeu que estaria conosco nos momentos de crise. Nossa pátria é celestial (Hb 11.16)”, encerrou o reverendo.