Apesar de todos os rumores e polêmicas envolvendo o encontro do Presidente americano Donald Trump com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na tarde desta quarta-feira (15), algum sinal positivo foi dado a mídia sobre um possível acordo entre Israel e Palestina. Após anunciar o reconhecimento de Jerusalém como capital do país e nomear o o pastor batista Mike Huckabee como novo embaixador americano em Israel, a sinalização de paz soa como esperança para os dois povos.
No encontro, porém, Trump deu entender que uma solução para o conflito não diz respeito, necessariamente, ao reconhecimento apenas de Israel como Estado oficial, dizendo que se ambas as partes estiverem satisfeitas com um possível acordo, isso é o mais importante:
“Eu estou enxergando dois estados e um estado. Estou muito feliz com o que ambas as partes gostam. Eu pensei por um tempo que seria mais fácil reconhecer dois estados, mas, honestamente, se Israel e os palestinos estiverem felizes, então eu ficarei feliz com o que eles acharem melhor”, disse Trump segundo publicação no site Israel News, deixando claro que a paz deve ser uma iniciativa de ambas as partes.
O primeiro-ministro israelense, por outro lado, além de enfatizar a boa relação entre Estados Unidos e Israel, fez questão de ressaltar o perigo do terrorismo islâmico, elogiando Trump pela coragem de se posicionar a favor de Israel e contra a expansão do arsenal nuclear do Irã; “Senhor Presidente, você demonstrou grande clareza e coragem ao enfrentar este desafio “, disse Netanyahu na mesma citação, e acrescentou:
“Você pede a derrota do ISIS. Sob sua liderança, acredito que podemos reverter a maré crescente do Islã radical, e nesta grande tarefa, como em tantos outros, Israel está com você, e eu estou com você (…). Podemos aproveitar uma oportunidade histórica, porque pela primeira vez na minha vida e pela primeira vez na vida do meu país, os países árabes da região não vêem Israel como um inimigo, mas cada vez mais como um aliado”.
Trump reforçou o tom de reconciliação, dizendo que os Estados Unidos trabalharão diligentemente com todos os aliados da região para estabelecer um grande acordo de paz entre Israel e a Palestina, mas que, apesar disso, são as duas partes que precisam negociar diretamente o acordo, garantindo que estará ao lado de Israel durante esse processo.