O empresário David Green, 80 anos, é um cristão que se tornou bilionário com a empresa que fundou, Hobby Lobby, uma rede varejista de decoração e artesanatos que é bastante popular nos Estados Unidos.
Em um artigo recente, o CEO diz ter aberto mão de sua empresa por ter entendido que é o mordomo das bençãos que Deus deu a ele, e por isso, optou por colocar seu coração n’Ele: “Escolhi Deus”.
Green fundou a Hobby Lobby em 1972, no estado americano de Oklahoma. Ao longo das décadas, a empresa se tornou uma das maiores nos EUA. No ano passado, por exemplo, teve uma receita de US$ 6,4 bilhões.
Em seu relato à Fox News, o empresário lembrou que no início da década de 1980, passou por um período em que ficou “orgulhoso” e quase perdeu seu negócio: “Deus tinha que me mostrar que era Ele quem garantia o sucesso. A Bíblia diz em Deuteronômio 8:18 que é Deus quem nos dá a capacidade de fazer riqueza”, afirmou.
Em contraponto, ele contou que hoje entende a iniciativa de empresários que abrem mão de suas empresas, e citou o exemplo do fundador da marca de roupas “Patagonia”, Yvon Chouinard, que doou seu negócio para usar os lucros em programas para minimizar a mudança climática.
“Eu experimentei um processo de tomada de decisão semelhante com minha propriedade da Hobby Lobby. Eu escolhi Deus”, disse Green. “Minha fonte de verdade sempre foi a oração e a Bíblia. Eu realmente acredito que se os líderes orarem e buscarem a verdade na Bíblia, seus negócios serão revolucionados”, acrescentou.
‘Deus deu os resultados’
No artigo para a Fox News, ele contou que na prática não é mais proprietário da Hobby Lobby, já que 100% das ações com direito a voto da empresa foram transferidas para um fundo, e a “administração” pode ficar a cargo de pessoas contratadas.
“Como proprietário, existem certos direitos e responsabilidades, incluindo o direito de vender a empresa e manter os lucros para você e sua família. À medida que nossa empresa crescia, essa ideia começou a me incomodar cada vez mais”, revelou.
Green percebeu que não deveria usar os lucros apenas para seu benefício e de sua família: “Advogados e contadores bem-intencionados me aconselharam a simplesmente passar a propriedade para os meus filhos e netos. Não me parecia justo que eu pudesse mudar ou mesmo arruinar o futuro de netos que ainda nem tinham nascido”.
O empresário disse que enquanto pensava em sua decisão percebeu que todo o seu sucesso advém de Deus: “Trabalhamos muito e Deus deu os resultados. Como fomos abençoados por Deus, vimos como um grande privilégio poder retribuir. Temos conseguido levar esperança apoiando ministérios e plantação de igrejas em todo o mundo”.
Toda essa reflexão o levou a um senso de propósito maior que o permitiu “perceber que eu era apenas um mordomo, um administrador do que Deus havia me confiado”.
“Deus era o verdadeiro dono do meu negócio. Acredito que Deus é quem garante o sucesso, e com ele a responsabilidade de ser um bom gestor”, concluiu o empresário.