O empresário evangélico Steve Green, presidente da rede varejista Hobby Lobby, convocou os cristãos a lutarem em defesa de seu direito à liberdade religiosa. O discurso de Green foi feito durante um evento organizado pela Primeira Igreja Batista (PIB) de Charlotte, na Carolina do Norte (EUA).
Green afirmou que a liberdade religiosa deixou de ser o que era quando os Estados Unidos foram fundados: “Apenas alguns anos atrás, nunca teria imaginado que teríamos que entrar com uma ação contra o nosso governo, o governo que nós amamos. Mas há desafios. Há lutas que as pessoas de fé estão enfrentando hoje que nunca foram enfrentados antes”, afirmou o empresário.
Durante o evento na PIB Charlotte, Green afirmou que os cristãos devem “levantar e deixar a sua voz ser ouvida através das urnas, e, se necessário, através de ações [na Justiça]”, para que a liberdade religiosa seja respeitada.
“Se não se levantar e lutar pelas liberdades que nossos fundadores lutaram então nós podemos muito bem perder algumas dessas [liberdades]”, disse ele. O atual cenário nos Estados Unidos se assemelha muito com o Brasil, onde minorias tentam impor seus conceitos em detrimento das tradições e princípios cristãos, que são maioria na sociedade.
Nos Estados Unidos, Green e sua empresa são conhecidos como cristãos conservadores. Há poucos meses, a Hobby Lobby travou uma batalha jurídica – e venceu – pelo direito de, como empresa, defender os princípios cristãos junto a seus funcionários.
A decisão da Justiça divulgada em junho permitiu que a empresa se recuse a cobrir o seguro de empregados do sexo feminino que usem medicamentos abortivos. Na ocasião, Green afirmou que “nós acreditamos que a vida começa no momento da concepção, e para nós, fazer parte da decisão de tirar essa vida viola aquelas que são as crenças mais profundamente arraigadas que temos, e por isso, dissemos que não queríamos fornecer gratuitamente ou pagar por pílulas do dia seguinte para nossos funcionários”, justificou.
Atualmente, Green trabalha na construção de um grande Museu da Bíblia na capital dos Estados Unidos, segundo informações do jornal The Washington Post.