A presença da ideologia de gênero nas escolas é cada vez mais comum e intensa. Agora, o tradicional colégio federal Pedro II, do Rio de Janeiro, conhecido por, entre outras coisas, manter um uniforme distinto para alunos e alunas, vai permitir o uso de saias por alunos do sexo masculino que se identifiquem com o gênero oposto.
A decisão foi tomada na esteira de manifestações feitas por alunos, que em 2014, protestaram fazendo um “saiaço” como reação à proibição, à época, de que um aluno transexual usasse saia. Ele teria ido à aula vestido com o uniforme feminino e sido obrigado a vestir a calça do uniforme masculino.
Em maio deste ano o colégio passou a usar o nome social nas chamadas, o que na prática, significa que um aluno batizado como João deve ser chamado de Maria se assim desejar.
A nova mudança ocorreu através de uma portaria publicada no último dia 14 de setembro, que lista as peças do uniforme sem especificá-las como masculina ou feminina. Antes, existia uma determinação para que os alunos usassem calça de brim e camisa branca, e as alunas saia azul e camisa branca.
“Não se trata de fazer ou não distinção de gênero. Trata-se de cumprir resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT (órgão ligado ao Ministério da Justiça). Eu apenas descrevo as opções de uniforme; deixo propositalmente em aberto, para o uso de acordo com a identidade de gênero”, pontuou Oscar Halac, reitor do Pedro II.
O pastor Renato Vargens comentou a notícia em sua página e lamentou a “grave crise comportamental” vivenciada pela sociedade e também a dimensão alcançada pelos movimentos de esquerda, como o feminismo extremo e a militância LGBT.
“A notícia em questão aponta de forma clara e específica para a tentativa da destruição dos valores tradicionais que regem a sociedade brasileira. Lamentavelmente em nome da ideologia de gênero, o feminismo tem promovido a relativização tanto do papel masculino como feminino. Se não bastasse isso, a pressão feita por alguns grupos sociais tem sido tão forte que tem se tornado comum homens considerarem ‘démodé’ serem homens”, constatou.
Para o pastor, “nessa perspectiva, a masculinidade tem sido feminizada, o comportamento firme comum a homens, tem sido ‘docificado’ (não estou fazendo apologia ao machismo) proporcionando com isso uma grave crise comportamental na sociedade, além de uma nítida inversão de papéis”.
Pontuando a questão de princípios de fé, Vargens destaca que a “‘ideologia de gênero’ tem levado os homens a vivenciarem comportamentos absolutamente antagônicos aos modelos ensinados pela as Escrituras”, e acrescenta: “Reafirmo sem a menor sombra de dúvidas que torna-se necessário resgatar os valores bíblicos relacionados aos papeis de homens e mulheres na sociedade, lutando assim contra os valores deste mundo caído e pecador, que a todo custo tenta desconstruir o padrão tanto de masculinidade como feminilidade, estabelecido pelo Criador”.