Crianças recrutadas pelo Estado Islâmico para receberem o treinamento de combate tiveram suas mãos decepadas após se recusarem a cumprir a ordem de executarem dois civis que haviam sido feito prisioneiros pelos extremistas.
A agência de notícias Iraqi News informou que o castigo das duas crianças era visto como misericordioso pelos demais militantes, por causa da “gravidade da desobediência”. No relatório que os jornalistas iraquianos tiveram acesso, o observador afirmou que os dois meninos deveriam ter executado os reféns “na frente de suas famílias”.
Os dois “pequenos soldados” punidos tinham 10 e 12 anos de idade, e faziam parte de um grupo que vem sendo “formado” para a guerra no acampamento de Nínive mantido pelo Estado Islâmico.
Os extremistas muçulmanos se referem a essas crianças como “cachorrinhos do califado”, e usam as cenas de seu treinamento como material de propaganda para atrair novos militantes e/ou amedrontar opositores. Geralmente, as cenas exibidas são de meninos matando prisioneiros.
Reposição
Um jihadista do Estado Islâmico que foi preso pouco depois de tentar realizar um atentado terrorista suicida revelou que as lideranças do grupo extremista tem se empenhado em recrutar crianças para repor os quadros de soldados, já que muitos morreram sob os ataques de países como Estados Unidos e Rússia, além dos próprios exércitos de Iraque e Síria.
Esse terrorista preso é um adolescente iraquiano de 15 anos de idade, chamado Mahmoud Ahmed. A prisão aconteceu após sua hesitação na “missão” em Kirkuk, no Iraque, em agosto de 2016.
Nos depoimentos prestados, o adolescente revelou que ele era um de dezenas de outros garotos que estavam sendo doutrinados sob a ideologia do Estado Islâmico e treinados como soldados.
Essa prisão reforçou a ideia da força de coalizão que luta contra o grupo terrorista extremista muçulmano de que existem milhares de crianças no Iraque e Síria que estão sendo treinadas para realizar atentados suicidas.