Tony Alamo, 74, pregador de rua que construiu um ministério multimilionário nos Estados Unidos, foi condenado nesta sexta-feira por levar meninas de até nove anos de idade para outros Estados para manter relações sexuais.
Alamo permaneceu em silêncio enquanto o veredicto era lido. Suas cinco vítimas estavam presentes na sala do tribunal. Uma delas, uma mulher com quem ele “casou” aos oito anos, chorou ao ouvir a condenação.
“Eu sou apenas outro dos profetas que foi para a cadeia pelo Evangelho”, disse Alamo aos repórteres.
Segundo a promotora Kyra Jenner, Alamo enfrenta dez acusações de pedofilia que totalizam 175 anos na prisão. Alamo pode sofrer ainda multas de US$ 250 mil. O advogado de defesa Don Ervin afirmou que as evidências contra o pastor eram insuficientes e que apelaria da sentença.
Agentes estaduais e federais realizaram uma busca no apartamento de Alamo em 20 de setembro do ano passado após relatos repetidos de abuso. Os advogados de defesa argumentam que o governo queria prejudicar o pastor porque não gosta de sua linha apocalíptica do cristianismo. Alamo culpa ainda o Vaticano por seus problemas com a justiça, incluindo quatro anos de prisão por sonegação nos anos 90.
Embora tenham obtido poucas evidências físicas, os agentes aproveitaram os relatos das cinco mulheres, agora com idades entre 17 e 33 anos, vítimas do pastor. Elas afirmaram aos jurados que Alamo casava com elas em cerimônias privadas e chegava até mesmo a dar-lhes anéis de casamento. Todas descreveram viagens de Alamo para fora das fronteiras do Arkansas para que mantivessem relações sexuais.
Alamo construiu um ministério milionário com a ajuda de fiéis de vários ramos que ajudam a sustentar a igreja com doações.
Fonte: Olhar Direto / Gospel+
Via: Pavablog