Qualquer país que se encontra em um contexto de crise econômica é obrigado à tomar decisões consideradas impopulares por parte da população, especialmente quando boa parte dos gastos públicos da nação é com o subsídio de produtos e serviços, por exemplo, como o combustível. Este é o caso do Equador, que nas últimas semanas enfrentou um verdadeiro cenário de guerra civil em função de um decreto presidencial.
No meio do conflito em função do Decreto 883, que teve como objetivo atender as exigências do pacote apoiado pelo Fundo Monetário Internacional, a fim de conseguir um empréstimo para injetar na economia do Equador, evangélicos se mobilizaram em oração para encerrar a sequência de violência que marcou os protestos contra o presidente Lenín Moreno.
A Confraternidade Evangélica Equatoriana, que integra a Aliança Evangélica Mundial (WEA), emitiu uma declaração afirmando que “violência, desrespeito e ataques contra propriedade pública e privada são condenáveis em todos os momentos, de onde vierem”.
Durante os protestos que tiveram início com a convocação do Sindicato de Trabalhadores de Transportes e teve o apoio da Confederação Nacional de Indígenas do Equador, de organizações sindicais como a Frente Unida de Trabalhadores (FUT) e o Coletivo Unido de Trabalhadores, sete pessoas morreram, 1.340 foram feridas e 1.152 foram presas.
Em função do caos estabelecido no país, a Confraternidade Evangélica e a WEA conclamaram “as partes opostas a depor atitudes pessoais ou de grupo e promover um diálogo respeitoso para manter a paz”.
“Os evangélicos são e sempre foram militantes equatorianos pela paz. Lembramos e praticamos o que Jesus disse no sermão da montanha em Mateus 5: 9: ‘Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus’”, acrescentou o comunicado.
Após negociações entre o presidente Moreno com líderes sindicais, mediada por um representante das Nações Unidas, foi estabelecido um acordo para a exclusão do Decreto 883 no Equador, sob a promessa de que os protestos devem ser encerrados, segundo a Evangelical Focus.
Ainda assim, a a Confraternidade pediu que “os cristãos e o povo em geral permaneçam em oração fervorosa e permanente pela paz, pedindo sabedoria aos líderes e autoridades indígenas, políticas e sindicais”, visto que o país continua sob tensão, tendo em vista a necessidade de resoluções para a saída da crise econômica.