Desde a última segunda-feira, quando um criminoso chamado José Adolfo Macías, mais conhecido como “Fito”, escapou da prisão, o Equador vive dias de terror, algo que além das forças militares, também mobilizou cristãos locais, que utilizaram as redes sociais para pedir orações pelo país.
“Fito” é o chefe da facção criminosa “Los Choneros”, uma das maiores do país. Após a sua fuga, o presidente Daniel Noboa, de apenas 35 anos, declarou estado de exceção no país, o que desencadeou uma onda de violência perpetrada pelos criminosos.
Uma emissora de TV, a TC Televisión, de Guayaquil, chegou a ter a sua central de produção tomada pelos criminosos, que passaram a exibir armas, incluindo granadas, e a fazer ameaças aos jornalistas ao vivo, tudo em rede nacional.
Além disso, diversos presídios pelo país apresentaram rebelião, onde segundo informações obtidas até o fechamento dessa matéria, 130 agentes penitenciários são mantidos como reféns pelos criminosos.
Plano de guerra
Em reação à escalada de violência, Noboa decidiu tomar uma medida crucial, declarando por meio de decreto 22 facções criminosas como grupos terroristas.
“Assinei o decreto executivo declarando Conflito Armado Interno e identifiquei os seguintes grupos do crime organizado transnacional como organizações terroristas e atores não estatais beligerantes”, disse ele em um comunicado feito nas redes sociais.
Na prática, a medida autoriza o emprego das Forças Armadas no combate aos criminosos, tornando-os inimigos internos do Estado, tal como se o país estivesse sendo atacado por forças externas.
“Ordenei às Forças Armadas a executarem operações militares para neutralizarem esses grupos”, ressaltou o presidente equatoriano. “Não permitiremos que grupos terroristas perturbem a paz do país”.
Orações
Diante da situação de pânico, ruas do país ficaram vazias e o Palácio Presidencial foi cercado por forças de segurança. Comércio, universidades e escolas fecharam as portas, e só nesta quinta-feira, 11, o clima de terror começou a diminuir, após uma série de prisões efetuadas pelas forças de segurança.
Enquanto isso, a igreja Zion, situada na capital Quito, usou as redes sociais para pedir orações. “Declaramos a paz e a justiça de Deus sendo estabelecida em nossa nação!”, diz uma publicação feita pela denominação, acompanhada da citação de Efésios 6:12, que descreve o cenário de batalha espiritual travado pelos cristãos. Assista:
O Equador não se dobrará ao narcotráfico! É a mensagem do chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, almirante Jaime Vela. Ele garantiu, em pronunciamento ontem, 10/01, que todo grupo t3rr0r1st@ mencionado no decreto assinado pelo presidente Daniel Noboa é um alvo… pic.twitter.com/WEbW12nGgK
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) January 10, 2024