Um grupo de cristãos, evangélicos e católicos, protagonizou neste sábado, 08 de julho, a Caminhada pela Família, em São Gonçalo (RJ).
Representantes de 30 igrejas evangélicas se juntaram aos fiéis da Igreja de São Gonçalo do Amarante, liderados pelo padre André Luis Siqueira, e protestaram contra a adoção da teoria de “identidade de gênero nas escolas do município e as propostas diferentes de família”.
De acordo com informações do jornal O Dia, oito vereadores da cidade apoiaram o manifesto. Com mais de 100 mil cartazes e panfletos distribuídos nos dias que antecederam a caminhada, a proposta dos cristãos sobre o assunto ficou bem clara: “NÃO para a ideologia de gênero”.
Ativistas gays consideraram o evento homofóbico: “Uma marcha para privar as pessoas de direitos. Eles acham que estão fazendo uma marcha para defender a família mas, na verdade, é o contrário, é uma marcha para restringir direitos em uma sociedade machista patriarcal”, afirmou Indianara Alves Siqueira, presidente do grupo Transrevolução. “Essa marcha é desumana”, acrescentou.
O vereador Marlos Costa (PT), membro da Comissão de Educação e Cultura de São Gonçalo, foi um dos que apoiaram o evento, e negou que tenha havido preconceito: “A família é a base da vida social. A importância do núcleo familiar é menosprezada por muitos segmentos da sociedade atual”, argumentou.
A proposta, pelo lado dos católicos de São Gonçalo, é marcar o início da Semana Nacional da Família, uma realização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que começa amanhã, 09 de agosto. No entanto, de acordo com o jornal, a CNBB não confirmou se a Caminhada Pela Família integra o calendário de ações da entidade.