O Facebook tem como propósito monopolizar a atenção das pessoas e se vale de conceitos psicológicos para manipular o comportamento dos usuários. Essa informação partiu de um ex-presidente da empresa, Sean Parker, o primeiro executivo da rede social.
A declaração foi feita na última quinta-feira, 08 de novembro, durante um evento do portal Axios. Em uma entrevista, ele afirmou que desde o começo a proposta da rede social criada por Mark Zuckerberg é “sugar as pessoas para dentro dela”, e uma das estratégias foi a criação do botão curtir, e posteriormente, outras reações.
“É um loop de feedback de validação social. Exatamente o tipo de coisa que um hacker como eu inventaria, porque você está explorando uma vulnerabilidade na psicologia humana”, disse Parker, acrescentando que “isso realmente muda seu relacionamento com a sociedade, um com o outro”.
“Só Deus sabe o que isso está fazendo aos cérebros dos nossos filhos”, acrescentou Parker, que acredita que a fórmula que tornou o Facebook uma rede social hegemônica “provavelmente interfere com a produtividade de modos estranhos”.
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“O processo de pensamento que entrou na construção dessas aplicações, sendo o Facebook o primeiro deles … envolvia sempre [a pergunta]: ‘Como consumimos o máximo de seu tempo e atenção consciente possível?'”, revelou.
“Isso significa que precisamos dar um pouco de dopamina de vez em quando, porque alguém gostou ou comentou sobre uma foto ou uma postagem ou qualquer outra coisa. E isso vai te ajudar a contribuir com mais conteúdo”, prosseguiu, revelando como as pessoas terminam presas.