No dia 4 de abril o ex-travesti e pastor evangélico Jóide Miranda vai ministrar um culto de oração promovido pela bancada cristã na Câmara Federal. O pastor afirma que pretende falar sobre a renovação da sua vida e dar seu testemunho: “Não vou falar só de homossexualismo. Eu falo sobre a volta de Jesus e que as pessoas precisam ter esta consciência de que estamos despertando a igreja para a transformação na vida das pessoas”, declarou.
Miranda é membro da Associação Brasileira de Ex-GLBTT, entidade que emitiu recentemente uma nota contra um procurador federal, que acusou o pastor Silas Malafaia de perseguição religiosa contra homossexuais. A presença do pastor na Câmara deve acirrar o debate entre a bancada evangélica e a bancada GLBTT (Gay, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), em temas como aborto, casamento gay e a distribuição do Kit-Gay.
De acordo com o Olhar Direto, o pastor, que é conhecido por ter deixado a vida como travesti e se tornado pastor evangélico, diz basear seu ministério em pregações em prol da família. “Quando você está triste, você quer estar junto de sua família. Quando está alegre, quer estar com sua família. E a família é composta de homem, mulher e filhos”, diz o pastor, que orienta pessoas que querem deixar a homossexualidade.
Sobre seu trabalho ao orientar essas pessoas, o pastor diz conhecer bem o drama vivido por quem busca a mesma mudança de vida que ele teve: “É porque eu já estive do lado de lá. Deus não deixa ninguém com amnésia. Hoje os meus frutos são para santificar outras vidas, são para dizer que ninguém nasce homossexual”, afirmou Miranda, que completou dizendo que “a homossexualidade é um estado e que Jesus de Nazaré pode mudar, transformar a mente e a alma do indivíduo”.
Miranda comentou também sobre o possível diálogo com grupos GLBTT: “Perante a sociedade, estes grupos não querem diálogo, eles querem virar a mesa”. O pastor falou também sobre os parlamentares que representam os grupos de defesa dos direitos homossexuais: “Não tenho nada contra o (deputado federal) Jean Wyllys, muito pelo contrário, mas eu oro para que eles sejam alcançados pelo evangelho, mas eu não posso concordar com aquilo que eles dizem”.
Fonte: Gospel+