O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece cada vez mais frustrado com a rejeição que vem sofrendo do público evangélico, que já ultrapassa os 60% segundo levantamento recente. Em tom raivoso, o petista elogiado pelo grupo terrorista Hamas voltou à tratar da relação entre fé e política, durante uma reunião ministerial realizada na segunda-feira (18).
Na ocasião, Lula passou à falar do que seria o pleno exercício da liberdade religiosa por parte das camadas mais humildes da sociedade, insinuando que tais pessoas seriam incapazes de perceber que estariam sendo manipuladas por lideranças “estridentes” do meio religioso.
“Eles [cidadãos] querem um país em que a religião não seja instrumento político de um partido político ou de um governo”, disse o petista, cujo vice-presidente do seu partido, o PT, anunciou a intenção da sigla abrir uma igreja ligada à legenda.
“Estamos montando o estatuto da igreja e já temos até nome. Será igreja Jesus Libertador. Temos que fazer essa disputa de narrativa na sociedade de maneira mais orgânica”, afirmou Washington Quaquá, conforme notícia repercutida pelo GospelMais em outubro de 2022.
Lula, então, continuou: “Que a fé seja exercitada na mais plena liberdade das pessoas que queiram exercê-la. A gente não pode compreender a religião sendo manipulada da forma vil e baixa como está sendo nesse país.”
Malafaia
Em seu discurso na presença do advogado-geral da União, Jorge Messias, que frequenta a Igreja Batista, Lula chegou a fazer citação direta do pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Malafaia, conhecido apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem usado o seu poder de influência adquirido ao longo das décadas para criticar as pautas da esquerda, podendo ser considerado uma “pedra no sapato” do atual governo.
O pastor, por sinal, gravou um vídeo para acusar parte da imprensa de fabricar uma “fake news” contra Bolsonaro, negando que o ex-presidente tivesse a intenção de aplicar um golpe de Estado ao final das eleições de 2022.
Neste contexto, Lula e aliados parecem querer desacreditar a liderança religiosa do pastor assembleiano, daí a declaração do petista, segundo a CNN Brasil. “O Deus do Malafaia não é o mesmo que o nosso, mas eu sei que o Deus do evangélico é”. Assista: