O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, e sua esposa, a bacharel em direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, eram frequentadores assíduos de uma unidade da Igreja Anglicana em São Paulo. Elize confessou essa semana ter matado e esquartejado o marido. O crime causou espanto na comunidade religiosa frequentada pelo casal.
“Se foi ela, foi surto psicótico”, disse nesta quarta-feira (6) o reverendo Aldo Quintão, vigário da Catedral Anglicana de São Paulo. Ao ser informado sobre a confissão de Elize, ocorrida na tarde desta quarta no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Quintão disse ainda: “Acredito num surto. Não dá para você matar uma pessoa e depois esquartejar dentro de casa com um filho por perto”. Segundo o G1, o vigário informou que o casal era reservado, e frequentava a igreja junto com a filha.
De acordo com o reverendo, o casal começou a frequentar a igreja na época em que se casaram no local, onde também foi realizado o batizado se sua filha. Segundo Quintão, o reverendo Renê, que realizou o casamento de Elize e Marcos e batizou a filha do casal, está atendendo a família do executivo, que está muito abalada com sua morte.
De acordo com a Folha.com, na igreja, poucos fiéis sabiam que o homem oriental que assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de cerca de um ano era um executivo tão importante. Discreto, o casal preferia frequentar a unidade da igreja na Vila Brasilândia, na periferia da zona norte, e não a da Chácara Flora, na zona sul, onde costumam ir os fiéis de maior poder aquisitivo.
Na Vila Brasilândia a igreja mantém uma creche. Os dois, segundo o reverendo, costumavam doar brinquedos para as crianças e faziam questão de embalar e entregar os presentes pessoalmente.
“Nós, seres humanos, temos nossas fraquezas e dificuldades, cada um por uma razão. Tem as pessoas mais fracas emocionais, e as mais fortes. Tem gente que vai para a guerra, fica louco e volta dando tiros nos outros”, afirmou o reverendo que disse também: “É preciso analisar a mente dela. Saber como foi a sua infância, que problemas teve na adolescência e fase adulta. Ela nunca trouxe a família dela aqui na igreja”.
Fonte: Gospel+