O pastor e Deputado Federal Marco Feliciano (PODE-SP) pediu a realização de uma Audiência Pública para discutir a construção da Embaixada Palestina no Brasil, fruto de uma doação feita na época do Governo Lula, em 2010, de um terreno com 16 mil metros quadrados em uma zona privilegiada de Brasília.
A preocupação de Marco Feliciano não é por menos. Um ano após a doação do terreno para a construção da Embaixada, o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Alzeben, fez a seguinte declaração em uma palestra para estudantes universitários:
“Esse Israel tem de desaparecer. E não é o embaixador do Irã nem o presidente [Mahmoud] Ahmadinejad quem está falando”, disse ele, segundo uma publicação da VEJA.
O peso dessa afirmação aumenta quando vemos que a construção da Embaixada Palestina está situada em um local estratégico: “Junto a órgãos públicos de importância para a segurança nacional”, afirma Feliciano em seu requerimento de Audiência Pública, segundo informações da Câmara.
“A área fica próximo a dois órgãos importantíssimos para a defesa nacional: o Palácio do Planalto e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República”, acrescenta o parlamentar, lembrando também que a Embaixada, na verdade, se trata de uma “organização política que não possui status de Estado Constituído, nem mantém assento na ONU, a não ser como observador não membro”.
A preocupação de Feliciano com a localização da Embaixada Palestina no Brasil
Em fevereiro do ano passado (2017), o jornalista Felipe Moura Brasil falou com um militar sobre a localização da Embaixada Palestina no Brasil. O mesmo foi taxativo: “Os veículos e pessoas, por serem diplomáticos, não podem ser revistados. E a embaixada é área soberana do Hamas agora”, disse o militar, que preferiu não se identificar.
O Hamas é um grupo terrorista palestino que nos últimos anos vem se esforçando para ser reconhecido internacionalmente como um partido político. Todavia, suas práticas já foram muito bem documentadas e a ligação do grupo com o Governo Palestino, na verdade, fundamenta ainda mais a preocupação de Feliciano.
Ainda sobre a localização da Embaixada Palestina, o militar explica em detalhes sua preocupação:
“O local é estratégico. Fica em uma rua de serviço que dá acesso aos alojamentos da guarda da Presidência e do batalhão de Polícia Militar, além de acesso à via expressa que liga ao Eixo Monumental e ao Palácio da Alvorada”, disse ele.
“A pista ainda liga a via N2 às entradas de serviço dos Ministérios, do Senado e do Palácio do Planalto. E do outro lado da rua, em frente ao complexo palestino, fica a estação elétrica de toda a esplanada dos Ministérios, do Congresso Nacional, do STF e da Presidência da República”, acrescenta.
Questionado se terroristas poderiam “apagar” o Planalto, o mesmo disse que “sim, e acessar todas as estruturas de governo em questão de meia hora. Inclusive de segurança”, conclui o militar.