O grupo extremista islâmico Boko Haram, tem realizado uma série de ataques contra cristãos na Nigéria e, recentemente, ganhou destaque nas páginas dos principais veículos de comunicação em todo o mundo devido ao sequestro de mais de 200 estudantes.
Defendendo ideais baseados em uma interpretação radical da sharia, a lei islâmica, o radicalismo adotado pelo grupo tem levado muitos muçulmanos nigerianos a se converterem ao cristianismo.
Beruck Nwabasili, ex-presidente da Comunidade Nigeriana em São Paulo, analisa a atuação do Boko Haram afirmando que norte da Nigéria, a maioria das pessoas é muçulmana, “mas nem todas interpretam o Corão [o livro sagrado do Islã] da mesma forma que o Boko Haram”. Ele ressalta ainda que “a convivência entre cristãos e islâmicos no resto do país é pacífica”.
– Devido a esse radicalismo, muitos muçulmanos estão sendo convertidos ao cristianismo. Eles começaram os ataques a igrejas porque estavam perdendo seguidores – afirma Nwabasili, destacando que o grupo extremista usa “táticas de violência para tentar impedir que muçulmanos se convertam ao cristianismo e para recrutar novos fiéis”.
Nwabasili afirma ainda, segundo o R7, que “eles querem instaurar suas ideias para que elas vigorem no lugar da lei constitucional”, motivados pela intenção de estabelecer um Estado islâmico na Nigéria, que hoje é um país laico.