A cuspida de Jean Wyllys (PSOL-RJ) no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) poderá custar seu mandato. O apóstolo Ezequiel Teixeira (PTN-RJ) anunciou que pretende pedir a abertura de um processo de cassação do colega no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O gesto desrespeitoso de Wyllys foi flagrado por câmeras de cinegrafistas e fotógrafos durante a votação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT) no dia 17 de abril.
“Lamento a atitude desrespeitosa do Jean Wyllys. Logo ele, que cobra respeito, foi intolerante com um colega ao dar um golpe baixo”, afirmou o deputado da bancada evangélica, que é líder da igreja Projeto Vida Nova de Irajá.
De acordo com informações do Extra, o pedido deverá ser formalizado na próxima semana e deverá gerar muita polêmica e a mobilização dos demais integrantes da bancada evangélica.
Idas e vindas
Teixeira chegou a ser cotado como um dos nomes a ser indicado para disputar a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, posto que deu ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP) um dos períodos mais turbulentos de sua vida política.
Antes, porém, Teixeira protagonizou uma manobra política engendrada pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), para conter o avanço do impeachment de Dilma através da nomeação do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) como líder da bancada do partido.
Pezão nomeou Teixeira como secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, para assim, licenciado de seu cargo, dar vaga ao suplente Átila Alexandre (PMDB-RJ), aliado de Picciani, que é apoiador de Dilma na Câmara.
Logo após ser nomeado secretário, Teixeira ganhou a antipatia de militantes LGBT, por sua postura contrária à ideologia de gênero e à prática homossexual. Seu mandato à frente da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos durou pouco mais de dois meses, pois o apóstolo foi demitido pelo governador tão logo Picciani foi reconduzido à liderança do PMDB na Câmara.