Faleceu o pastor Valdir Leal Bulhões aos 33 anos em Guarapuava (PR), após uma luta de 12 anos contra o câncer. As dezenas de tumores estavam espalhados pelas colunas lombar e toráxica, estômago, axila e pulmões.
Valdir Bulhões, como era comumente tratado pelos fiéis, era pastor da Assembleia de Deus e marcou a reta final de sua vida com o testemunho de perseverança e fé: “Independente de qualquer coisa, viva cada dia como se fosse o último e lembre-se que a sua vida tem um propósito de Deus. Pela medicina eu estou sentenciado, mas pela vontade de Deus eu estou aqui, levando a Palavra de Deus a quem precisa”, disse há pouco mais de 20 dias.
De acordo com informações do site O Presente, Bulhões se manteve pregando o Evangelho mesmo durante seu estado terminal e usou sua condição para ilustrar a mensagem em que acreditava: “Estive na casa de um senhor que também está com câncer. Ele estava no fundo de uma cama, deprimido, comendo por sonda, cheirava mal. Falei com ele, pedi que olhasse para mim, para a sua esposa, o fiz comer. Despertei nele a fé e a esperança e ele se reabilitou. Passou a lutar pela vida”, relatou o pastor.
Seguindo esse princípio, Valdir optou por lutar a batalha contra o câncer mesmo com a doença mutilando-o aos poucos: “Já tive choques anafiláticos, minha perna explodiu, já tive nove sentenças de morte, mas a minha vida está dentro de mim e eu quero viver. Somos em oito pastores na família em ministérios diferentes. Eu sou da Assembleia de Deus. A nossa máxima é: insista, persista e nunca desista. Então a minha fé é uma fé exigente. Eu vou insistir, pois a vida me deu escolhas e eu escolhi viver e escolhi pregar a Palavra e enquanto tiver força eu vou pregar”, disse o pastor, que cumpriu o propósito a que se comprometeu.
Valdir Leal Bulhões deixa a esposa, Milena, e três filhos de sua esposa, que ele adotou quando se casou.