O casamento gay é permitido na Inglaterra, Escócia e no País de Gales, três das nações que compõem o Reino Unido, regido pela Rainha Elizabeth II. No entanto, a monarca acredita, orientada pela sua fé cristã, que essa não foi uma boa escolha para a Grã-Bretanha.
A revelação foi feita pelo jornal Daily Mail, em uma reportagem que citou como fonte um “amigo” da rainha. Ainda de acordo com a matéria, Elizabeth II seria tolerante com as “parcerias civis”, mas contrária à união entre pessoas do mesmo sexo, por compreender que o casamento representa a união entre duas pessoas de sexo opostos.
A Irlanda do Norte, outro país que compõe o Reino Unido, não permite o casamento gay, muito por causa da forte influência cristã na sociedade, que tem 75% de cristãos, divididos entre católicos, presbiterianos e fiéis da Igreja da Irlanda.
Segundo o tabloide inglês, a rainha teria dito a seu amigo na época que a lei foi aprovada, 2013, que estava frustrada, mas não tinha meios de intervir, pois nos mais de 60 anos de seu reinado, absteve-se de interferências políticas.
“Eu perguntei a ela se ela não podia fazer algo sobre isso e ela respondeu: ‘Eu não posso. Só posso aconselhar e alertar’”, teria dito o amigo ao jornal. “Foi o termo ‘casamento’ que ela acreditou ser a questão nesta lei, porque o casamento deveria ser sagrado entre um homem e uma mulher”, acrescentou.
O Palácio de Buckingham preferiu não comentar a matéria, por uma tradição de ignorar boatos que tratam de questões privadas da família real britânica.
Às vésperas de completar 90 anos, no próximo dia 21 de abril, Elizabeth II é a governadora suprema da Igreja da Inglaterra, que se opõe fortemente ao casamento gay e tem buscado se proteger da exigência de ter que celebrar uniões homossexuais em seus templos.