O petista Fernando Haddad se adiantou em relação aos ataques de religiosos que o acusam de ser o “pai do kit gay” e já declarou que José Serra (PSDB) ) “instrumentaliza as religiões”, prometendo ainda não entrar no debate sobre o tema.
“O Serra instrumentaliza as religiões. Fez isso para atacar a Dilma (contra quem disputou as eleições presidenciais de 2010), e eu entendo que ele fará o mesmo para me atacar. A minha família está muito indignada em relação a esses ataques, com a atitude do Serra de instrumentalizar pastores para me atacar na honra. Mas é o estilo dele. Ele já foi derrotado em 2010 em função desse comportamento, entendia que ele tinha aprendido a lição, pelo jeito Serra não aprende nunca. É o velho Serra de sempre”, disse Haddad, segundo o Terra.
O kit anti-homofobia, conhecido como kit gay, foi elaborado durante a gestão de Haddad no Ministério da Educação. Porém, com a pressão de grupos religiosos no Congresso, a presidente Dilma Rousseff suspendeu a distribuição do material em escolas públicas de todo o país.
O pastor Silas Malafaia declarou seu apoio a Serra e disse em um vídeo divulgado na terça-feira (9) que iria “arrebentar” o adversário Haddad.
O PT já reuniu para o segundo turno, o apoio do PMDB, mas ainda não definiu com o PRB, partido que faz parte da base aliada do governo Dilma. Segundo o Terra, o partido estaria cobrando um ministério em troca do apoio na capital paulistana.
O PDT, do candidato Paulinho da Força já anunciou seu apoio a Serra, como forma de protesto ao governo Dilma.
Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta quarta-feira, apontou que o candidato Fernando Haddad está à frente na intenção de votos do segundo turno, com 47%. Já Serra ficou com 37% das intenções de votos. A pesquisa entrevistou um total de 2.100 eleitores, entre os dias 9 e 10 de outubro, com margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+