A aventura global junto aos evangélicos vem sendo infrutífera em números e em críticas. Depois da exibição do Festival Promessas no domingo, com queda de audiência em torno dos 60% em relação à estreia, diversos internautas externaram suas opiniões sobre o programa.
Uma análise que parece senso comum entre o público evangélico é que a tentativa da emissora da família Marinho de mostrar a música gospel apenas como espetáculo não foi acertada.
“Um evento cheio de idolatria, cheio de ganância, cheio de amor ao dinheiro. Uma vergonha! Ser cristão verdadeiro não é cantar musiquinhas gospel e dizer que é evangélico. Não é assim, e o Festival Promessas não nos representa”, protestou Richardson Gomes em seu perfil no Facebook.
Também pela rede social, Gesson Vasconcelos criticou o programa e a falta de identidade com o público evangélico: “O que se viu na tela da Rede Globo, nesta tarde de domingo 15/12, não passou de um show de exagero, breguice. Meninice é pouco, mas muito pouco compromisso com o sentido real da palavra ‘evangelho’!”.
O teólogo e reverendo da Igreja Anglicana Betesda em Belo Horizonte, Haroldo Mendes, usou seu blog para comentar negativamente sobre o Festival Promessas: “Pela TV eu pude ver a grande diferença entre adoração a Deus e a apresentação de um show artístico. A chamada música gospel se tornou algo meramente secular. Os temas são religiosos, falam de Deus, de Jesus, do Espírito Santo, da Bíblia Sagrada, mas seus objetivos são tão profanos e mundanos quanto um Rock in Rio”, escreveu.
Ziel Machado, teólogo, também usou o Facebook para comentar o desfecho do programa global: “O Festival Promessas teve algo de bom. Ele conseguiu sepultar, com uma só pá, esta percepção que não distingue as diferenças entre a lógica de louvor comunitário e a lógica de espetáculo. Revelou para o mundo que popularidade artística e qualidade musical (isso sem mencionar o trato com a doutrina cristã), não caminham necessariamente juntas, no mundo chamado gospel”.
“Mais uma bola fora da Globo no gol dos crentes. A feira cristã com a assinatura global ocorrida no meio do ano foi um fracasso de público e o próprio prêmio Promessas, da mesma franquia do festival, teve a sua cerimônia de entrega de prêmios cancelada às vésperas da data marcada. Os artistas gospel receberam a patética arca dourada pelo correio”, comentou Danilo Fernandes no Genizah.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+