A maioria dos frequentadores das igrejas diz que a Bíblia ordena que eles ofertem. Mas o dízimo de parte dos cristãos nem sempre entra na salva da igreja, de acordo com uma pesquisa realizada recentemente.
Metade dos membros de igrejas protestantes diz que seus dízimos podem ir a um ministério cristão e não somente a uma igreja, e um terço diz que o dízimo pode ajudar um indivíduo necessitado.
O levantamento descobriu ainda que aproximadamente 18% dos evangélicos entendem que seu dízimo pode até ser doado a uma instituição de caridade secular, de acordo com o relatório do estudo feito pela LifeWay Research, de Nashville, Tennessee (EUA).
“Para muitos frequentadores da igreja, o dízimo é apenas mais um termo para generosidade”, disse Scott McConnell, diretor executivo da LifeWay Research. O estudo entrevistou 1.010 fiéis que frequentam os cultos pelo menos uma vez por mês, e também mil pastores.
A maioria dos fiéis acredita que eles são ordenados a dar. E muitos acreditam na ideia do dízimo, que geralmente é entendida como doação de 10% da renda de uma pessoa. 83% concordam que o dízimo é um mandamento bíblico que ainda se aplica hoje?, contra 8% que diz que não e 9% que não tem certeza.
54% dos frequentadores da igreja dizem que doam pelo menos 10% de sua renda à igreja. Isso inclui 37% que dizem dar o dízimo e 17% que dizem que dão mais de 10%. Um em cada 5 doa regularmente, mas menos de 10%. Um número semelhante (17%) diz que tenta dar, mas nem sempre consegue. Oito por cento dizem que as finanças dificultam se manterem ofertantes. Apenas 2% não doam à sua igreja.
“Mesmo aqueles que não podem dar o dízimo acreditam que isso é importante”, disse McConnell. “A maioria dos frequentadores de igrejas diz que dá – mesmo que seja uma luta”, acrescentou.
Quanto mais os fiéis comparecem aos cultos, maior a probabilidade de serem dizimistas, apontou a pesquisa. 57% dos que frequentam os cultos pelo menos uma vez por semana dizem que dão pelo menos o dízimo. Isso cai para 28% entre os que vão uma ou duas vezes por mês, e 35% daqueles que frequentam uma ou duas vezes por mês dizem que não são consistentes em dar – em comparação com 14% daqueles que frequentam pelo menos uma vez por semana.
“Tanto os pastores quanto os frequentadores de igrejas veem a doação como uma parte vital de sua fé”, disse McConnell. “Eles nem sempre concordam em quanto um frequentador de igreja deve dar. Mas a maioria parece ver 10% como um ideal pelo qual lutar”, concluiu o responsável pelo estudo.