A última semana da campanha que elegeu Marcelo Crivella (PRB) prefeito do Rio de Janeiro foi marcada por uma polêmica envolvendo a viúva do pedreiro Amarildo, desaparecido desde julho de 2013 após uma ação da Polícia Militar na favela da Rocinha.
Elizabeth Gomes da Silva gravou depoimento para a campanha de Crivella na terça-feira, 25 de outubro. Dois dias depois, ela registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) contra os representantes do bispo, alegando constrangimento.
À Polícia Civil, disse que a equipe da campanha teria oferecido R$ 190 para que ela gravasse um vídeo falando sobre o caso Amarildo, e que ela teria usado o dinheiro para comprar cocaína.
No entanto, segundo informações da rádio CBN, o filho de Amarildo, Emerson Gomes de Souza, sua mãe mentiu ao registrar ocorrência por constrangimento contra Crivella. Ele confirmou que a equipe esteve em sua casa a convite de Elizabeth, que havia pedido à Associação de Moradores da comunidade que a campanha de Crivella fosse contatada e marcasse a entrevista.
Emerson disse não se lembrar se a campanha de Crivella induziu sua mãe a falar mal de Marcelo Freixo, e que ao longo de uma hora, ela falou sobre a história de sua família.
De acordo com informações do jornalista Ancelmo Gois, no jornal O Globo, Elizabeth deixou a Rocinha por questões de segurança.
Em nota, a assessoria de imprensa da campanha de Crivella confirmou que foi convidada através da Associação de Moradores da Rocinha pela viúva de Amarildo e que uma equipe de quatro pessoas foi à casa para ouvi-la. O comunicado negou que tenha ocorrido consumo de drogas ou álcool.