No dia 02 de julho, quando a Bahia comemora sua independência, os principais candidatos visitaram o estado para reunir apoiadores. O ex-presidente Lula ganhou as manchetes por compartilhar uma imagem adulterada, e agora o pastor Silas Malafaia está cobrando ação do TSE no caso da foto duplicada do PT.
Em um vídeo, Malafaia contextualiza sua queixa, afirmando que a foto duplicada do PT representa uma adulteração intelectualmente desonesta e revela a parcialidade dos ministros que integram o Supremo Tribunal Federal e comandam o Tribunal Superior Eleitoral neste ano.
“Vou provar que o ditador-mor da toga, Alexandre de Moraes, protege o PT e a esquerda, e odeia e persegue quem apoia Bolsonaro. Fiquei uma semana esperando para ver se Alexandre de Moraes ia falar ou incriminar a turma do PT por ‘fake news’”, introduziu o pastor.
“Vamos lembrar: Alexandre de Moraes é o senhor do inquérito imoral e ilegal da ‘fake news’. Esse inquérito não tem a participação do Ministério Público [na origem]. Artigo 129 da Constituição [define que] o Ministério Público é o senhor da ação penal. Alexandre de Moraes, ao mesmo tempo é vítima, delegado, promotor e juiz. É uma aberração que mancha o Judiciário brasileiro. Ele manda prender jornalistas. […] Mandou prender deputado. Gente, isso é uma vergonha”, acrescentou.
2 pesos, 2 medidas
Malafaia enxerga que dois pesos e duas medidas na forma como as autoridades eleitorais tratam questões associadas à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula:
“Agora, minha gente, o PT produz uma ‘fake news’ para enganar o povo brasileiro, duplica foto para dar ideia de multidão da ida de Lula na Bahia […] O PT é réu confesso. Alexandre de Moraes, já que você é um ditador e rasga a Constituição, não vai fazer nada contra o PT? Eu esperei uma semana para ver se você ia fazer alguma coisa”.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em seguida, lembrou que o ministro que presidirá o TSE durante o pleito é Alexandre de Moraes, que era filiado ao PSDB quando integrava o governo do presidente Michel Temer (MDB), antes de assumir o cargo no STF:
“Olha [por quem] as eleições vão ser comandadas: Alexandre de Moraes que tem partido político; Fachin, que foi cabo eleitoral de Dilma; Barroso, que é ativista da esquerda. Eu não posso me calar. Aqui fica o meu protesto”, disse Malafaia.
Histórico
Alexandre de Moraes “cerceia redes sociais de apoiadores do presidente, e ninguém fala nada”, reiterou Malafaia. “Sabe por quê ele faz isso? Porque ele tem o apoio da imprensa, da esquerda, da ABI, da OAB, a omissão covarde da direita, e porque tem um frouxo e covarde presidindo o Senado, porque tem interesses no STF, Rodrigo Pacheco, que sentou em cima de quase 3 milhões de assinaturas pedindo o impeachment desse ditador”.
“Agora, a imprensa – capitaneada pela Globo – inventou uma nova nomenclatura: substituiu ‘liberdade de expressão’ por ‘ato antidemocrático’. Pedir o fechamento do STF (que eu não concordo) é ‘ato antidemocrático’; pedir o fechamento do Congresso (que eu não concordo) é ‘ato antidemocrático’; pedir lisura nas eleições (que eu concordo) é ‘ato antidemocrático’; […] agora, jornalista pedir a derrubada do Bolsonaro, não tem problema; jornalista dizer que apoiadores do presidente é ‘macaco’, ‘enrustido’ – isso é um termo racista e homofóbico – não tem problema”, comparou o pastor.
Um ato violento, anos atrás, foi tolerado pelos ministros da mais alta corte do país, e tratado de forma amistosa pela imprensa, disse Malafaia: “Em 2014, quando o MST tentou invadir o STF, com 30 policiais feridos, 8 em estado grave, a imprensa chamou de ‘marcha do MST’ e ‘manifestantes’”.
Assista ao vídeo: