De acordo com pesquisas recentes do IBGE, os evangélicos representam atualmente 22% de toda a população brasileira. O crescimento dessa parcela da sociedade tem se refletido também na política, sobretudo com o considerável aumento de políticos ligados a denominações religiosas em cargos eletivos.
Para as próximas eleições, a projeção feita pela Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados é de que deputados ligados a denominações protestantes ocupariam em torno de 100 das 513 cadeiras da Câmara a partir de 2015, representando um crescimento de 30% em relação dos números atuais.
Segundo a Agência Estado, tal opinião em relação ao crescimento da representatividade dos evangélicos na Câmara é compartilhada também por especialistas, que afirmam que tal segmento social nunca teve tanta força no país.
– A presença dos evangélicos nunca foi tão grande. O debate [pautado pelo grupo] cresceu em eleições e no Legislativo – afirma Maria do Socorro Sousa Braga, cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
– Há um confronto [dos evangélicos] em relação às questões morais e novos posicionamentos. Nesse debate os evangélicos são reforçados por integrantes de outras religiões também. Vários representantes católicos passam a apoiar as teses desses parlamentares – completa a professora, ressaltando ainda que no caso dos candidatos à Presidência, sempre há uma tentativa de aproximação estratégica com os grupos religiosos.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), comentou o assunto afirmando que a atuação cada vez maior dos evangélicos no campo da política vai ajudar a impulsionar a expansão da bancada.
Por Dan Martins, para o Gospel+