Giovanni acordou num sobressalto. Era madrugada de sábado, mas, naquela noite, ele dormira mal. Grogue pela hora precoce, foi ao banheiro. Lá, ouviu uma voz “audível”, segundo ele: “Lucas, 14:17”. Não acreditou no que ouvira. A voz, então, repetiu: “Lucas, 14:17”.
Ressabiado, porém religioso – é evangélico –, procurou a passagem na Bíblia mais próxima. Ficou surpreso: “E a hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que tudo já está preparado.” Um arrepio percorrer-lhe o corpo. Ele deveria voltar. Era chegada a hora de ser campeão pelo Santos, pensou.
Aquele sábado, no entanto, não era um qualquer. Era 5 de dezembro de 2009. A cerca de três mil quilômetros, os sócios do Santos votariam na eleição presidencial. Tratava-se do início das mudanças de comando dentro do clube praiano, após quase dez anos sob a gestão de Marcelo Teixeira.
– Deus, quando fala, não mente. Seremos campeões, é a profecia de Deus – explicou.
Dispensado no início de 2006, nem o mais fanático santista, ou até mesmo uma de suas “testemunhas”, cogitaria o retorno do antigo ídolo. Mas, como um Messias, ele voltou… Ressuscitou. Era a hora de cumprir a profecia, anunciada para os adoradores dele no dia da apresentação oficial, realizada em 13 de janeiro de 2010.
– Vocês, torcedores, podem ter certeza de que meu fim de carreira aqui no Santos será com um título – disse, à época, o ídolo.
Hoje, a mensagem profética é carregada por Giovanni no celular para todos os lugares.
Simples, o camisa 10 chegou para a entrevista como um mero mortal, não como o Messias perto de fazer História pelo clube.
Pouco antes de descartá-lo, em 2006, Luxemburgo questionou: “Como pode ser ídolo sem ter nenhum título?” Giovanni jamais o respondeu. Mas a profecia se cumpriu contrariando Luxemburgo, Santos é campeão e Giovanni conquistou um título.
Giovanni Silva de Oliveira, conhecido simplesmente como Giovanni (Nascido em Abaetetuba, Pará, em 4 de Fevereiro de 1972).
Fonte: Lacenet / Gospel+
Via: O Galileo