Uma exposição controversa com mensagem de apologia ao islamismo recebeu aproximadamente R$ 8 milhões de incentivo do Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, e será realizada em São Paulo, para alunos das escolas da rede pública.
O repasse da verba foi aprovado ainda no governo Dilma Rousseff (PT), e agora será efetivado, para que a exposição aconteça entre os dias 29 de agosto e 03 de dezembro.
Chamada “1001 Invenções: descobrindo o duradouro legado da civilização muçulmana”, a exposição foi idealizada pelo jordaniano Ahmed Salim, dono da 1001 Inventions Ltda., organização sediada em Londres, Inglaterra.
Junto á exposição, será exibido o documentário “O que o mundo islâmico fez por nós”, que mostra a trajetória de um inventor muçulmano medieval, chamado Ibn Al-Jazari. O filme mostra apenas sete invenções e foi alvo de críticas em outros países, assim como toda a exposição.
“As intenções podem ser boas, mas a exposição desconsidera sérias diferenças importantes entre a ciência moderna e a ciência medieval, e distorce a história para servir a uma agenda atual de perfeita harmonia entre a ciência e o Islã”, comentaram o físico Taner Edis, da Truman State University, e Sonja Brentjes, do Max Plack Institute for the History of Science, de Berlim, em um artigo.
Além da exposição e da exibição do documentário, o projeto prevê ainda a entrega de 115 mil cartilhas para os estudantes de 7 a 17 anos que forem ao local, o que demonstra o interesse de popularização do islamismo no Brasil.
De acordo com seu idealizador, o projeto tem o interesse de “despertar o interesse do público, em especial os estudantes a respeito do tema central proposto”, que vem a ser o islamismo, além da “finalidade de descortinar esse passado (muçulmano) encoberto pelos acontecimentos atuais e pelo próprio modo como foi contada a história ocidental”.