A guerra de Putin na Ucrânia vem mobilizando lideranças religiosas em manifestações contrárias ao presidente russo. Cristãos evangélicos, ortodoxos e até o papa Francisco fizeram declarações nos últimos dias.
O pastor batista Vytaly Vlasenko, que lidera uma congregação em Moscou e também é o secretário-geral da Aliança Evangélica Russa, publicou uma carta aberta lamentando a guerra de Putin.
“Lamento o que meu país fez na recente invasão militar de outro país soberano, a Ucrânia. Para mim, como para muitos outros cristãos, a invasão militar foi um choque. Na pior das hipóteses, eu não poderia imaginar o que está sendo observado agora na Ucrânia”, escreveu o pastor.
Vlasenko apresentou um pedido de desculpas “a todos aqueles que sofreram, perderam entes queridos e parentes, ou perderam seu local de residência como resultado deste conflito militar”.
“Minha oração é que você encontre força no Senhor para estender sua mão de solidariedade e perdão, para que possamos viver como o povo de Deus para o nosso mundo”, finalizou o pastor batista, conforme informações do portal Pleno News.
Já o líder cristão ortodoxo Epifânio Metropolitano I, chefe da Igreja Ortodoxa Ucraniana, encorajou seus compatriotas a lutarem contra os invasores: “Nós, como nação, não desejamos a morte aos nossos vizinhos. No entanto, desde que eles chegaram à nossa terra, estamos defendendo nossa terra. Nos proteger não é pecado”, disse.
De acordo com informações do portal The Jerusalem Post, o arcebispo havia dito em fevereiro que “o espírito do anti-Cristo opera no líder da Rússia”, e que os sinais disse seriam as demonstrações feitas por Vladimir Putin de “orgulho, devoção ao mal, crueldade e falsa religiosidade”.
“Este foi Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Isto é o que o Putin se tornou hoje”, disparou.
‘Massacre’
O papa Francisco fez um apelo pedindo o fim da guerra de Putin: “Com dor no coração, me junto à voz do povo comum, que implora o fim da guerra. Em nome de Deus, que os gritos daqueles que sofrem sejam ouvidos e deixem os bombardeios e ataques cessaram!”, propôs.
O líder católico pediu aos fiéis que se dediquem a orar pela paz, contrapondo aqueles que apoiam a violência, pois seus atos profanam o nome de Deus: “Que haja um foco real e decisivo na negociação, e que os corredores humanitários sejam eficazes e seguros. Em nome de Deus, eu lhe peço: pare com este massacre!”, disse.
Segundo informações do portal Christianity Daily, o papa também expressou seu agradecimento a todos os países que abriram suas portas aos refugiados ucranianos, e agradeceu a todos aqueles que estão ajudando em suas necessidades.
Francisco ainda elogiou a rede de solidariedade que atendeu aos milhões de refugiados ucranianos, dizendo que “Cristo está presente” nessas ações.