O candidato derrotado na disputa pela Presidência da República, Fernando Haddad (PT), será processado pelo bispo Edir Macedo por conta do ataque feito no último dia 12 de outubro, quando o político afirmou numa entrevista coletiva que o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus é um “charlatão”.
Macedo decidiu pedir uma indenização de 83 salários mínimos, além de pleitear que a Justiça imponha a Haddad a obrigação de se abster “de todo e qualquer ato ofensivo e inverídico” sobre o bispo, assim “como atos que propagam a intolerância religiosa, especialmente por meio de entrevista e publicações na internet”.
As informações sobre o processo contra Haddad foram reveladas inicialmente pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Na ação de Macedo, ele pede ainda que o petista remova de suas redes sociais o vídeo em que afirma que o presidente eleito é “o casamento do neoliberalismo desalmado, representado pelo Paulo Guedes, que corta direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”.
O líder da Igreja Universal também quer que Haddad se retrate com ele, “líderes e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, bem como internautas e telespectadores, por meio de mensagem falada ou escrita”, tendo ainda que “constar, especificamente, o arrependimento por parte do réu”. Os advogados, inclusive, exigem que todo o conteúdo da retratação deverá ser aprovado previamente por Edir Macedo.
O ataque gratuito de Haddad que o levou a ser processado por Edir Macedo provocou uma enorme mobilização de mais de 140 lideranças religiosas evangélicas em repúdio ao ex-prefeito de São Paulo. A jornalista Mônica Bergamo pontua em sua nota que Edir Macedo pretende doar o valor da indenização para uma instituição de caridade.